Por telefone, o governador Eduardo Campos e o deputado federal Aldo Rebêlo, do PC do B de São Paulo, marcaram encontro em breve.

O deputado ligou para a deputada Ana Arraes, do PSB, parabenizando-a pela vitória no TCU, nesta quarta-feira.

Os dois gostam de dizer que são amigos.

Eduardo chegou a indicar seu nome para a disputa, mas ele recusou e depois voltou atrás.

Nos bastidores políticos, o que se conta é que Eduardo Campos pode ajudá-lo a se eleger presidente da Câmara dos Deputados.

A líder do PSB na Câmara, Ana Arraes (PE), bateu o deputado comunista por uma margem de 73 votos (149 votos contra 222), em votação nesta quarta-feira.

Antes, exibindo favoritismo, já havia conseguido tirar dois concorrentes do páreo, antes da votação.

Sob pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de governadores como Eduardo Campos (PE), filho da candidata, o PTB do líder na Câmara, Jovair Arantes (GO) e o PSC do deputado Sérgio Brito abriram mão de suas candidaturas.

A disputa começou com nove candidatos.

Além de Ana Arraes, Aldo Rebelo (PC do B-SP), só Átila Lins (PMDB-AM) também era competitivo.

Que saiu atirando, depois de perder.

Na véspera da votação, o candidato do PMDB já havia discutido com Eduardo Campos, reclamando do rolo compressor, que lhe tirou a ajuda até mesmo do governo do Amazonas, seu estado.

Depois, aparentemente fizeram as pazes, antes que ele voltasse à carga nesta quinta.

Na verdade, todos os candidatos se queixaram da “pressão desmedida” em favor da líder socialista. “A bancada abriu mão de disputar e praticamente fechou em favor de Ana Arraes.

Ela vai ganhar esta eleição”, previu o ex-líder petebista Nelson Marquezelli (SP) ainda na semana passada, logo depois da reunião de bancada em que Jovair Arantes (Goiás) decidiu abandonar a disputa para atender aos liderados.