A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, rebateu nesta quinta-feira (22) críiticas de que a ampliação de três para cinco filhos a serem beneficiados pelo programa Bolsa Família poderia incentivar o aumento da natalidade. “R$32 por criança, um real por dia praticamente, não dá para sustentar nem o leite.
Não há estímulo”, afirmou a ministra em entrevista ao “Bom Dia Ministro”, programa coordenado pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República e transmitido pela TV estatal NBR.
Nesta semana, o governo anunciou que as famílias cadastradas no programa poderão receber benefícios até o limite de cinco filhos com até 15 anos.
Antes, o limite era de três filhos.
A ampliação dos benefícios foi criticada por especialistas, que disseram que, caso o valor do benefício aumente mais, a ampliação dos casos em que se pode receber o valor pode estimular a natalidade.
Segundo Tereza Campello, quando o Bolsa Família foi implantado, em 2003, já havia dúvida sobre o aumento da natalidade. “Estávamos dando repasses variáveis para três crianças.
A família recebia uma parcela fixa de R$ 70 mais parcela variável de R$ 15.
Porém, o que aconteceu nesses oito anos, foi que o censo provou que não houve incentivo a ampliação do número de filhos”, disse.
De acordo com a ministra, dados do censo mostram que a natalidade caiu na população de extrema pobreza e pobre e vem caindo em todo país. “Hoje, demógrafos dizem que em vinte anos, se continuar tendo a redução do número de crianças, vai haver a situação contrária, vai faltar reposição de mão de obra no Brasil”, explicou.
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