Do Jornal do Commércio O Plenário da Câmara decide hoje, em votação secreta, quem será o novo ministro do Tribunal de Contas da União, representando a Casa.

A deputada federal Ana Arraes (PSB-PE) e o deputado Aldo Rebelo PCdoB-SP) figuram entre os favoritos.

Também estão na disputa os deputados Átila Lins (PMDB-AM), Damião Feliciano (PDT-PB), Vilson Covatti (PP-RS) e Milton Monti (PR-SP), além do auditor do TCU Rosendo Severo, indicado pelo PPS.

O deputado Sérgio Brito (PSC-BA) desistiu do pleito.

Ontem, véspera da eleição, o dia foi marcado pela sabatina dos candidatos, na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), além de uma forte ofensiva do governador Eduardo Campos (PSB-PE), que centrou suas atenções na conquista de novos votos para a sua mãe e líder do PSB, Ana Arraes.

A retirada de Sérgio Brito é atribuída a esse esforço.

Na sabatina, grande parte da bancada de Pernambuco e os deputados do PSB compareceram em massa, ostentando no peito adesivos da candidata.

O vice-governador, João Lyra Neto (PDT), e o secretário Tadeu Alencar (Casa Civil) também marcaram presença na sabatina.

E o secretário Maurício Rands (Goveerno), que é deputado federal licenciado, circulou pelo Plenário da Câmara, conversando com parlamentares de diferentes legendas.

Questionado sobre o fato de o governador e o vice terem deixado o Estado para reforçar a campanha de Ana Arraes, João Lyra se defendeu dizendo que, apesar das ausências, o governo estava funcionando a pleno vapor. “Essa eleição é uma ação política importante não só para Pernambuco como para todo o País.

Como membro da classe política, vim acompanhar esse processo”, afirmou Lyra, acentuando que os custos de sua viagem estavam sejam pagos com recursos próprios.

Já Tadeu Alencar disse que estava em Brasília para cumprir uma agenda na Secretaria Nacional de Defesa Civil e que só esteve na Câmara em virtude um adiamento do horário deste compromisso.

Na sabatina, a relatora da matéria, deputada Carmem Zanotto (PPS-SC), apresentou seu parecer segundo o qual todos os candidatos contemplariam os requisitos para preenchimento da vaga.

Em seguida, cada candidato teve dez minutos para defender sua candidatura diante dos integrantes da CFT.

Ana Arraes destacou que foi convidada por um grupo de amigos e convocada pelo seu partido a disputar à vaga.

Segundo ela, o ex-presidente Lula está entre os mentores da sua candidatura. “Estarei lá (no TCU) como uma personalidade política e também como personalidade técnica, com meus conhecimentos jurídicos.

Com muito orgulho, sou representante do meu partido e das mulheres da minha terra que construíram nossa história, mas são impedidas de ocupar de forma equilibrada os espaços de Poder”, defendeu Ana.

Aldo Rebelo afirmou que sua candidatura não é um projeto pessoal nem partidário, mais sim institucional, referindo-se à Câmara dos Deputados. “Não há escrutínio mais rigoroso e legítimo do que daquele que tem o voto do povo brasileiro”, afirmou.

Ex-auditor do Tribunal de Contas do Amazonas, Átila Lins ressaltou seu currículo como principal trunfo para a votação. “Nunca a Câmara dos Deputados ofereceu um candidato com a minha experiência parlamentar e minha qualificação técnica”, justificou.