Do Jornal do Commércio Está cada vez mais pavimentado o caminho do deputado federal e ex-prefeito do Recife João Paulo Lins e Silva rumo ao PV.

O parlamentar poderá deixar o PT, nos próximos dias, para viabilizar a sua candidatura a prefeito, uma vez que o candidato “natural” dos petistas é o atual prefeito João da Costa (PT).

O destino político de João Paulo deverá ser decidido em uma reunião que ocorrerá, em Brasília, na quinta-feira (22).

Na ocasião, o parlamentar conversará com os presidentes nacional, deputado federal José Luiz Penna (SP), e estadual, Carlos Augusto Costa, do PV para definir, provavelmente, os últimos detalhes da mudança de partido.

Para disputar a campanha de 2012, o ex-prefeito tem que trocar de agremiação até o dia 7 de outubro, como determina a Justiça Eleitoral.

As articulações entre João Paulo e os verdes estavam ocorrendo em nível nacional, o que causou um certo mal-estar no PV de Pernambuco.

Por isso, Costa foi chamado para participar das conversas e não criar, no futuro, nenhum tipo de empecilho por ter sido alijado das negociações.

Penna e João Paulo já mantiveram duas reuniões em Brasília, em uma delas o ex-prefeito ofereceu um café da manhã ao presidente nacional do PV.

A assessoria de Penna confirmou ontem que há “interesse de parte a parte”, mas que ainda não há nada definitivo.

O presidente do PV e João Paulo estão se falando também por telefone.

E esses contatos estão “evoluindo” na direção de uma provável mudança.

O PV nacional reconhece, contudo, um movimento intenso de dirigentes do PT para tentar “segurar” o ex-prefeito, que tem voto no Recife e pode fragilizar, se sair da sigla, o projeto dos petistas de continuar no poder da capital pernambucana.

A provável filiação do ex-prefeito ao PV também estaria condicionado a uma aliança que, em nível local, envolveria o PTB e o PP.

Os três partidos podem se unir para fortalecer as chapas majoritária e proporcional.

Isso porque as pesquisas encomendadas pelas legendas estão apontando a liderança de João Paulo nas intenções de voto.

Se essa tendência se confirmar, o ex-prefeito, mesmo que não seja eleito, converterá em um potencial puxador de votos para a formação de uma bancada forte na Câmara de Vereadores.

Em 2008, João Paulo foi o principal responsável pela campanha vitoriosa de João da Costa.

O atual prefeito era, na época, o braço-direito de João Paulo de quem foi secretário de Planejamento e do Orçamento Participativo.

Agora, os dois estão rompidos politicamente.

O afastamento ocorreu ainda no primeiro ano do mandato do chefe do Executivo.

Por isso, João Paulo teria que deixar o PT para tentar viabilizar o seu retorno ao comando da Prefeitura do Recife.

Desconhecimento - O Blog de Jamildo conversou ontem a tarde com o presidente municipal do PT, Oscar Barreto, sobre as especulações da ida de então companheiro João Paulo para o Partido Verde.

Na ocasião, o mandatário petista disse que ainda acreditava na permanência de João Paulo no partido. “Não trabalahmos ainda com essa possibilidade.

Soube pela imprensa dessa movimentação com o PV, mas não à fundo.

Até porque não acredito que ele deixe o partido”.