A presidente Dilma Rousseff gravou versões “especiais” do programa de rádio “Café com a Presidenta” para São Paulo e Minas Gerais, Estados governados pelo PSDB e que são os maiores redutos da oposição.
O programa, transmitido semanalmente por emissoras de todo o país, teve as edições especiais transmitidas pela primeira vez nesta segunda-feira (19).
No programa que foi ao ar na maioria dos Estados, a presidente tratou de um tema de interesse nacional.
Falou da construção de creches, pré-escolas e quadras esportivas em escolas do país.
Já as rádios paulistas e mineiras transmitiram versões que falavam de obras com verbas federais que a própria Dilma anunciou nos dois Estados na semana passada.
O programa que foi ao ar em São Paulo falou da construção do estaleiro em Araçatuba, da ampliação da hidrovia Paraná-Tietê e da construção do trecho norte do Rodoanel.
Também falou de obras em parceria com o governo do Estado, que terão R$ 3 bilhões de verbas do governo federal.
No programa que foi ao ar em Minas, Dilma falou da ampliação do metrô de Belo Horizonte e dos terminais rodoviários de integração na região metropolitana.
Na última sexta, ela esteve na capital mineira para anunciar a liberação de R$ 2 bilhões para essas obras.
A construção de creches, um dos temas do programa nacional, foi incluída em uma pergunta do locutor nos dois programas especiais.
Até então, o único programa diferenciado havia sido transmitido há um mês.
Na ocasião, Dilma falou da criação de universidades e escolas técnicas e o final do programa foi personalizado para cada Estado, o que permitiu a inclusão de informações regionais.
A Secretaria de Imprensa da Presidência informou que, quando houver algum acontecimento regional, serão produzidos os programas “regionais”, porque, nesse formato, a informação chega mais diretamente ao público do Estado em questão.
Segundo o órgão, essa estratégia já foi usada anteriormente –no programa que teve o final gravado em diferentes versões.
Nesta semana, a agenda de Dilma teve dois episódios muito específicos [viagens para SP e MG], o que fez com que o “Café com a Presidenta” fosse diferente nos dois Estados.
A produção e distribuição de programas regionalizados não são a única estratégia usada pelo governo na relação com as rádios.
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