O deputado federal Vilson Covatti (RS), indicado pelo PP, era um dos sete candidatos oficiais ao cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

Era.

Logos após a sabatina, realizada no plenário da Câmara, nesta quarta-feira, o deputado acabou renunciando, antes de informar à bancada que estava abrindo mão da disputa em favor da candidata socialista Ana Arraes, do PSB de Pernambuco.

O engraçado é que, no Plenário, o deputado fez um discurso de candidato, dizendo que não aceitava que os deputados, depois de eleitos para o TCU, virassem as costas para a Casa Legislativa.

Ele frisou que os conselheiros do TCU faziam o controle, mas a decisão política era sempre da Câmara dos Deputados.

Palavras ao vento, uma vez que nem bem falou entrou em uma reunião com o PSB para acertar o apoio, que pode render até 22 votos para a socialista.

Concorrem à indicação ainda o deputado Átila Lins (AM), indicado pelo PMDB; Aldo Rebelo (SP), indicado pelo PCdoB; auditor-fiscal Rosendo Severo, indicado pelo PPS; Damião Feliciano (PB), indicado pelo PDT; Milton Monti (PR-SP), indicado pelo bloco PR/PTdoB/PRP/PHS/PTC/PSL.

O escolhido irá substituir o ex-ministro e ex-deputado Ubiratan Aguiar, que se aposentou no início de agosto.

A votação é secreta e vence quem obtiver maioria simples dos votos.

O Tribunal de Contas da União, órgão auxiliar do Congresso Nacional, integrante do Poder Legislativo, é composto por nove ministros, com mandatos vitalícios.

Seis são escolhidos pelo Congresso Nacional, com iniciativas alternadas entre Câmara e Senado; e três são indicados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado.