Ana Lúcia Arraes De Alencar, 64 anos, é a candidata pernambucana que disputa nesta quarta-feira (21) uma vaga de ministra do Tribunal de Contas da União (TCU).
Tentará ser a mais votada, feito que conseguiu nas eleições proporcionais de 2010, quando se elegeu deputada federal pelo PSB com 387.581 votos.
Chegando ao TCU conquistará o dever de fiscalizar gastos públicos e o direito a um emprego vitalício, a um salário de R$ 25 mil, aposentadoria integral, carro oficial e férias de dois meses.
Ana Arraes (PSB) disputará os votos dos colegas de Câmara com Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Átila Lins (PMDB-AM).
O principal cabo eleitoral da pernambucana é o próprio filho, o governador Eduardo Campos (PSB) que conseguiu o feito suprapartidário de garantir promessa de votos de quase toda a bancada estadual na Casa.
A articulação feita pelo governador de Pernambuco fez, inclusive, oponentes da mãe desistirem da briga.
A boa relação dele com vários atores políticos ajuda Ana e a eleição dela fortalece Eduardo como candidato a vice ou até mesmo a presidente em 2014.
Apesar da movimentação da família, a deputada nega, em entrevistas, qualquer especulação de nepotismo.
Caso seja eleita, as administrações e os políticos pernambucanos passam a contar com três representantes no TCU.
Ana juntaria-se a José Jorge e a José Múcio Monteiro. » Ana Arraes e o imponderável nas caladas da noite de Brasília » Ana Arraes rejeita nepotismo na campanha para TCU Além de mãe do atual governador, Ana Arraes é filha do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes de Alencar.
Filiou-se ao PSB em 1991.
Formada em direito, já foi assistente do Instituto de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco, secretária de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE), técnica judiciária do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e secretária parlamentar na Câmara dos Deputados.
Foi eleita deputada federal pela primeira vez em 2007 e desde então não saiu da Casa.
Nestes pouco mais de quatro anos e meio foi autora de 158 projetos.
A maioria deles pede mudança de redação de artigos e metas ou acrescenta parágrafos em projetos.
No sistema de buscas do site da Câmara, nos projetos em que é possível ver o andamento dos projetos, a maioria consta como “aguardadndo deliberação”, “aguardando parecer”, “aguardando encaminhamento”, “aguardando providências internas”, “pronta para a pauta” ou “arquivada”.
No mais, são pareceres.
Nestes primeiros meses de 2011, Ana Arraes já gastou R$ 173.981,39 com despesas parlamentares como combustíveis e lubrificantes, emissão de bilhete aéreo, fornecimento de alimentação parlamentar, locação de veículos, manutenção de escritório, serviços postais e telefonia.
No quesito discursos, foram 16 desde o início do ano.
Suas duas últimas falas foram referentes à sessão Solene em homenagem à Marcha das Margaridas e à sessão solene em homenagem à memória do ex-deputado José Mendonça Bezerra.
A votação secreta na Câmara acontece na manhã desta quarta-feira, a partir das 9h.
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