Diante do que chama de “gestão desastrosa” do prefeito Renildo Calheiros, a ex-deputada tucana Terezinha Nunes acredita que já é hora de a dobradinha PC do B / PT acabar.

Para isso, não desconsidera a possibilidade de sair candidata no município: “Olinda é a cidade da Região Metropolitana com mais buracos.

A saúde está desastrosa, recentemente fechou a maternidade.

A educação, todos sabemos, vai mal.

O meu nome, então, vem surgindo naturalmente.

Mas sabemos que uma candidatura majoritária exige uma série de fatores, é necessário conversar com todos os aliados”, falou a tucana.

A principal aliada a quem se referia a ex-deputada é, principalmente, Jacilda Urquisa, “pessoa sem a qual não podemos definir nada em Olinda”, garante Terezinha.

O nome de Terezinha surgiu quando, na última sexta-feira, o presidente nacional do PSDB, o senador Sérgio Guerra, anunciou que o partido deverá lançar candidatura própria em todas as maiores cidades do país.

Quanto as dificuldades que pode enfrentar por não ser olindense nem nunca haver disputado eleições no município, Terezinha foi enfática: “Sou uma política metropolitana.

Tenho meus votos concentrados na Região Metropolitana.

Na verdade, qualquer político bem votado em Olinda, Recife ou Jaboatão pode ser candidato em qualquer uma dessas cidades.

Os eleitores pensam parecido nesses municípios”, afirmou a ex-deputada justificando que é comum pessoas morarem numa destas cidades e trabalharem em outra.

Terezinha, porém, sabe que não será fácil, principalmente pelo longo período que o PC do B governa o município, e a maioria absoluta de vereadores comunistas. “Renildo, diferentemente de João da Costa, que também não é bem avaliado, tem a câmara quase toda ao seu lado.

Por isso a oposição deve se juntar em torno de um nome”.

Para Terezinha, ainda, nem mesmo o PT, há 12 anos vice em Olinda quer “continuar com a atual gestão”.

Ela afirma ainda que o grande número de vereadores comunistas não significam que o partido esteja próximo de suas bases.

Questionada sobre seu desejo pessoal de candidatar-se, Terezinha se mostrou tranquila. “Não estou ansiosa.

Estamos conversando.

Temos que ouvir Jacilda e a oposição.

Mas sei que tenho um bom relacionamento com o PMDB e com os outros oposicionistas.

Estamos negociando”, concluiu.