A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) alerta os consumidores de todo o Estado sobre os riscos gerados pela instalação de gambiarras elétricas com a finalidade de garantir a segurança patrimonial/residencial.

Apenas equipamentos regulamentados pelos órgãos responsáveis e instalados por profissionais com habilitação e capacidade para realizar o serviço podem trazer a segurança esperada.

Fios desencapados, rede exposta ou mesmo objetos metálicos energizados podem causar a morte animais e pessoas, como foi o caso do garoto de oito anos que faleceu, nesta quarta-feira (14), após tentar pular o muro de uma residência e entrar em contato com a fiação sem isolamento que estava sendo utilizada inadequadamente, no Bairro de Nova Descoberta.

O único equipamento elétrico regulamentado e autorizado a ser instalado como forma de proteção patrimonial é a cerca elétrica.

Apesar da autorização, apenas profissionais capacitados e habilitados devem realizar a instalação e a manutenção desse meio de segurança. “A cerca elétrica também precisa ser totalmente sinalizada com placas e possuir o sistema de aterramento para evitar acidentes”, assevera o gestor de Saúde e Segurança da Celpe, Hugo Vidal.

Ao contrário do que muitos pensam, a cerca elétrica não é letal.

Apesar de possuir uma tensão de saída que varia de 6.000 a 10.000 Volts, essa carga é liberada durante 1,5 milésimo de segundo.

Por ser apenas um pulso, o possível invasor sofre o choque, mas é jogado para longe da cerca. “O garoto de Nova Descoberta morreu porque recebeu uma descarga elétrica permanente, que é a passagem de elevada corrente elétrica por tecidos e órgãos humanos .

Como a instalação era clandestina, ao invés de impulsionar a vítima para longe, o equipamento proporcionou à vítima um fenômeno denominado eletroplessão, o que culminou a tragédia”, explicou Vidal.