Foto: Clemilson Campos/JC Imagem O prefeito de Araçoiaba, Carlos Jogli, do PSDB, disse ao Blog de Jamildo, ainda há pouco, que fará uma auditoria na folha de pessoal em busca de virtuais funcionários fantasmas e que já desligou, por medida de economia, 235 comissionados nomeados pela gestão do prefeito Severino Alexandre Sobrinho, do PMDB.
O número de efetivos seria de 453 pessoas, sendo mais 235 funcionários em cargos comissionados.
Jogli disse que já nomeou 110 funcionários comissionados (para não parar a gestão, em especial educação e saúde), mas pretende deixar em aberto, sem nomear, mais de 100 vagas. “Não temos saída, não temos como pagar mais” “No papel, eu tenho 30 auxiliares administrativos aqui, mas não vejo um deste povo”, brincou, em entrevista exclusiva à coluna eletrônica. “Só de gartificações, já conseguimos cortar R$ 80 mil por mês”. » VEJA A COBERTURA COMPLETA SOBRE OS ESCÂNDALOS ENVOLVENDO ARAÇOIABA No último balancete de pagamento, de agosto, a prefeitura gastou cerca de R$ 850 mil com a folha de pessoal.
A meta da nova gestão é gastar até R$ 650 mil, no máximo.
As receitas somam cerca de R4 1,3 milhão, sendo cerca de R$ 800 mil com FPM, R$ 150 mil com ICMS e o restante de receitas próprias.
Uma das primeiras iniciativas da gestão passa pela realização de um recastramento de pessoal, com visitas in loco, para saber o efetivo real da administração.
Os funcionários serão chamados até a Secretaria de Administração.
Carlos Jogli calcula que somente em oito dias ou mesmo 15 dias poderá ter controle efetivo da máquina, depois de fazer uma radiografia da situação financeira. “A contabilidade está atrasada há dois meses.
Não tenho nem como aferir o gasto com pessoal.
Estou no escuro”, diz.
De olho na transparência que se espera de todo gestor público, Jogli promete apresentar, em 60 dias, uma prestação de contas espontânea, com projeção de equilíbrio nas contas.
Ainda de acordo com o gestor, os funcionários efetivos já estariam trabalhando com mais segurança, depois da operação da Polícia Federal, em função da certeza de que o gestor anterior não voltará mais ao comando da administração.
Há sempre o risco de represálias. “Eles estavam receosos, com salários atrasados, com problemas na previdência.
Agora vão trabalhar melhor.
Até as pessoas que contam com ideologia contrária estão torcendo para que eu fique”, afirmou, numa referência à oposição do PDT e PSB.