Foto: Clemilson Campos/JC Imagem Por Daniel Guedes ARAÇOIABA - O prefeito em exercício desta cidade do Grande Recife, a 38 quilômetros da capital, diz não achar necessário a nomeação de um interventor para gerir o município.

Para Carlos Jogli (PMDB), Araçoiaba só precisaria de internvenção se não tivesse quem assumisse o comando do Executivo local, afirmou em entrevista nesta terça-feira (13), diante da possibilidade ventilada um dia antes pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Numa entrevista coletiva na segunda-feira (12), o promotor de Justiça Maviael de Souza Silva, coordenador do Centro de Apoio às Promotorias de Defesa do Patrimônio Público, afirmou que a assessoria do procurador-geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon, analisa a hipótese de solicitar intervenção.

Para Jogli, a medida só seri necessário se não houvesse quem gerisse a cidade ou se ele tivesse assumido a Prefeitura anteriormente, quando o Executivo teve as contas rejeitadas. “Não vejo como necessário.

Não vejo necessidade de intervenção”, disse ao Blog de Jamildo e ao Jornal do Commercio. » LEIA MAIS: Prefeito em exercício de Araçoiaba vai processar antecessor Investigação da Polícia Federal (PF), Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Controladoria-geral da União (CGU) aponta diversas irregularidades no município: rombo de R$ 2,18 milhões no Fundo de Previdência do município, desvio de R$ 2,361 milhões de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), desvio de R$ 1,3 milhão de recursos da educação, gastos suspeitos com combustível de R$ 604 mil, R$ 71 mil gastos em despesas com metais para banheiros que não foram encontrados nas escolas.

PF, MPPE, CGU e Tribunal de Contas do Estado (TCE) investigam ainda se houve desvio de recursos do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), dinheiro público usado na reforma de imóveis particulares, desvio de recursos de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apropriação indevida de descontos em folha de empréstimos de funcionários, não repassados aos bancos credores, uso de notas frias, uso de cheques da Prefeitura por agiotas, direcionamento em licitações, contratação de empresas de fachada e atendimento precário nas unidades de saúde municipais.

A cidade cenário de tantas denúncias de desvios e corrupção é a que apresenta o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Região Metropolitana, 0,637.