Simone Dias, candidata de oposição ao Conselho Regional de Enfermagem (Coren), disse, em entrevista ao Blog de Jamildo, nesta sexta-feira, que colocava em dúvida o pleito que será realizado neste domingo, em todo o Estado, com os 50 mil profissionais do setor no Estado, entre enfermeiros e técnicos e auxiliares de enfermagem. “Há uma grande interrogação na lisura destas eleições.

O país todo está de olho no pleito, com observadores do Conselho Nacional de Enfermagem e da Federação Nacional de Enfermagem”, explica. “Não há imparcialidade no processo eleitoral.

A comissão eleitoral, que determina para onde vai cada urna e mesários, é indicada pela própria presidência do conselho.

Eles até hoje não nos repassaram a lista dos votantes.

Não é só.

O assessor jurídico da comissão eleitoral é o coordenador da campanha da chapa de situação”, reclama. “Com o objetivo de desmobilizar a categoria, eles também estão ligando para os hospitais e dizendo que quem estiver de plantão não precisa votar”.

Apoiada publicamente pelo deputado federal João Paulo, Simone Diniz bate chapa com a atual dirigente do Coren, Célia Arribas, que tem o apoio do vereador Jurandir liberal.

A briga é federal.

João Paulo presta apoio a pedido do deputado federal Paulo Peixoto, que é um dos parlamentares que trabalham em prol da regulamentação da jornada de trabalho dos profissionais de enfermagem. “Essa gestão representa o que há de mais atrasado para a enfermagem pernambucana.

Enquanto o Conselho Federal de Enfermagem luta para elevar a enfermagem brasileira, através de medidas saneadoras e inovadoras do Sistema Cofen/Conselhos Regionais e buscando, de forma democrática, decidir as questões atinentes ao avanço profissional, unindo-se à ABEn, à Federação Nacional dos Enfermeiros, e seu plenário julga aqueles elementos que participaram da operação predador (Gilberto Linhares e companhia), a atual gestão do Coren-PE age na tentativa de impedir a atuação de conselheiros e toma medidas arbitrárias, como demissão de funcionários, enfermeiros fiscais que são contrários às suas práticas, mantendo, inclusive, um dos indiciados na operação predador, Júlio do Monte, advogado de Gilberto Linhares, como assessor especial da presidência.

Aos que não se lembram ou desconhecem, Gilberto Linhares foi o presidente do Cofen durante várias gestões e acabou sendo preso pela operação “predador” da Polícia Federal, que investigava a corrupção nos Sistema Cofen/Conselhos de Enfermagem.

Gilberto Linhares está preso desde 2005.

Então, como compor comum grupo que tem essas ligações?”, bate a chapa oposicionista.