A promotora de Justiça Paula Ismail, da Promotoria de Ipojuca (a 58 Km do Recife), onde ocorreu a morte do campeão mundial de boxe, Arturo Gatti, dentro de um quarto de hotel, em 2009, está neste momento analisando o inquérito, no qual a Polícia Civil de Pernambuco constatou suicídio do pugilista.
O inquérito de quase 500 páginas, que não chegou a ser arquivado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), encontra-se em andamento.
Paula Ismail informa que não tomou conhecimento oficial da investigação paralela feita por peritos dos Estados Unidos e Canadá, que constata homicídio e não suicídio de Arturo Gatti.
Na manhã desta sexta-feira (9), Paula Ismail deverá conceder entrevista coletiva na sede do Ministério Público, na Rua do Imperador, 473, às 9h.
Já a Polícia Civil de Pernambuco, em nota oficial, informa que as supostas contra-provas produzidas por um investigador particular contratado pela própria família do boxeador Arturo Gatti, encontrado morto dia 11 de julho de 2009 em um flat alugado na praia Porto de Galinhas, deverão ser apresentadas em juízo, para que a Autoridade Judiciária local possa avaliar procedente o pedido de revisão do inquérito policial que concluiu por suicídio da vítima.
O delegado responsável pelo caso, Paulo Alberes, explica que todas as informações colhidas nas diligências policiais apontam para a conduta de suicídio adotada pelo boxeador. “O laudo do Instituto de Medicina Legal de Pernambuco e as perícias realizadas pelo Instituto de Criminalística no local de crime ratificam o relatório do inquérito policial que decidiu que Arturo Gatti se matou por enforcamento. É importante salientar que foram divulgadas matérias de jornais canadenses sobre o caso, nas quais são relatadas que a autópsia realizada no corpo do boxeador, pelo Laboratório de Ciência Judiciária da cidade de Montreal, no Canadá, confirmam o enforcamento como causa da morte, um dos indícios para o crime de suicídio, mesma conclusão da polícia brasileira”.