Contra a qualquer cerceamento O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), defendeu apoio irrestrito à liberdade de imprensa e o fim do voto secreto nas votações em plenário.

As bandeiras foram defendidas após o Congresso Nacional do PT apresentar moção com pedido de regulação da mídia e a absolvição, na semana passada, da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), flagrada, em 2006, recebendo dinheiro do operador do mensalão do Governo do Distrito Federal, Durval Barbosa.

Segundo o líder, o PSDB se posicionará contrariamente a toda e qualquer forma de cerceamento da liberdade de imprensa. “Toda vez que a imprensa traz à tona fatos que contrariam os interesses partidários e do governo, o PT ressuscita a história do controle da mídia.

Foi assim logo após a denúncia da existência do mensalão, dos grampos ilegais, e agora, no momento em que o governo está paralisado por conta de uma enxurrada de denúncias de irregularidades em vários órgãos.” Nogueira acrescenta que, travestido de defensor da democracia, o PT quer restringir a liberdade de imprensa para poder atuar na obscuridade, sem ser fiscalizado pelos meios de comunicação, que atuam de forma legítima ao denunciar irregularidades.

O deputado Jutahy Junior (BA) acrescenta que essa agenda é defendida apenas pelo PT. “É uma pauta que não está presente na sociedade, esteve presente no Congresso do PT, por interesse do PT.

A sociedade está feliz com a democracia, com a liberdade, com a manifestação de expressão e não deseja mudança alguma que possibilite censura”, afirmou.

Além da liberdade de expressão, os tucanos da Câmara decidiram liderar um movimento juntamente com a sociedade pelo fim do voto secreto nas votações. “Refletimos sobre essa nova dinâmica da sociedade, influenciada pelas redes sociais e pelo acompanhamento online dos fatos, e concluímos que a abertura é necessária para dar maior transparência ao trabalho dos parlamentares e facilitar que os eleitores acompanhem seus representantes”, avalia o líder.

Jutahy completa: “Somos representantes da população e temos que dar satisfação à população em relação a cada um dos nossos votos, como nós defendemos cada uma das nossas posições.

Defendo o voto aberto, participarei dessa luta”.

Para o deputado Ruy Carneiro (PB), o eleitor saberá como cada parlamentar se manifesta sobre os temas de interesse da sociedade. “É importante, pois o povo terá a oportunidade de ver qual a postura e como seu deputado vota”, afirma. “É a verdadeira democracia.

O voto secreto foi criado na ditadura para proteger os deputados em relação ao governo militar.”