Foto: Reuters Por Adriana Vasconcelos, O Globo Os principais nomes do Partido dos Trabalhadores compareceram ao IV Congresso Nacional do PT, nesta sexta-feira.

A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram recebidos com entusiasmo e aclamados pelos petistas.

Além deles, foi aplaudido o ex-deputado cassado José Dirceu.

O início do evento, inclusive, serviu como ato de desagravo a Dirceu, que acusa a revista Veja de invadir sua privacidade.

O encontro mostrou como ele continua influente dentro do partido.

Ao chegar, Dirceu ouviu do público presente: - Zé Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro!

Logo na abertura do encontro, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique, fez questão de dizer que a revista tenta desestabilizar o governo Dilma. - Quero sugerir que esse Congresso aprove uma moção de repúdio contra o crime cometido por uma revista de circulação nacional contra o nosso companheiro José Dirceu - propôs o presidente da CUT.

Arthur Henrique ainda propôs uma outra moção contra a leitura que parte da mídia fez sobre a decisão do Banco Central de reduzir em 0,5 ponto percentual a taxa de juros. - Nas vezes em que o Banco Central aumentou o juros, ninguém falou em falta de transparência ou de autonomia da instituição - tentou justificar.

A abertura do congresso também teve alguns contratempos.

Enquanto o presidente nacional do PT, Rui Falcão, discursava, um grande número de militantes barrados batia nas portas do auditório onde estavam as principais estrelas dos partido.

Entre os barrados estava inclusive o chefe de gabinete da presidente Dilma, Gilles de Azevedo.

Falcão foi interrompido pela plateia, que apelou para que as portas do auditório, com capacidade para 1.400 pessoas e que não estava lotado, fossem abertas.

Só então é que a segurança contratada permitiu que o grupo entrasse. - Esse é que um partido bom.

Enquanto em outros tem gente brigando para sair, neste tem gente brigando para entrar - brincou Rui Falcão, ao retomar seu discurso.