Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco, Alberto Alves, o Betão, representantes dos trabalhadores, escolhidos há pouco numa reunião entre os grevistas, e representantes das empresas começaram a negociar no estaleiro, mas, com certeza, os trabalhos não devem voltar hoje. “Faremos o possível para conseguirmos chegar num consenso, sem problemas.

Mas caso não seja possível vamos acionar o Ministério Público do Trabalho”, falou Betão.

Entre as revindicações dos 11mil metalúrgicos paralisados estão equipações salariais, promoções prometidas e não cumpridas, segundo Betão, e direito à folga diferenciada para os trabalhadores que moram mais longe.

Betão não descarta a possibilidade de, caso as negociações não acontecerem de maneira minimamente “aceitável” para os trabalhadores, de a paralisação se estender. “Vamos fazer ainda um debate com a companheirada, tem um pessoal muito exaltado, inclusive”.

Por falar em pessoal exaltado, funcionários de outros setores do Estaleiro Antlântico Sul se dizem amedrontados com a situação.

Pois ontem os trabalhos aconteceram normalmente e quando chegaram hoje à Suape viram os portões fechados e receberam apenas o seguinte recado: “Está tendo um protesto da CUT e disseram que ninguém entra”, assustados, tiveram de voltar para casa.

Mais de 11 mil operários do Estaleiro Atlântico Sul paralisam as atividades