Daniel Guedes CUPIRA - Durante uma série de assinaturas de convênios e ordens de serviço neste município no Agreste pernambucano, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse que o Brasil é capaz de enfrentar a crise mundial e se comprometeu a criar condições para que o País continue crescendo.

Ela lembrou a primeira crise, em 2009, e ressaltou que o Brasil foi o último a ser atingido e o primeiro a conseguir sair.

Dilma garantiu que é possível continuar crescendo. “Vamos criar todas as condições para crescermos mais.

Enfrentar (a crise) é trabalhar e foi isso que fizemos naquela época (2009) e é isso que vamos fazer diante da continuidade de qualquer crise”, afirmou.

Para a presidente, o País aprendeu com a crise de dois anos atrás e hoje está ainda mais forte para enfrentar um novo abalo. “Hoje temos muito mais dinheiro para enfrentar a crise.

Temos US$ 350 bilhões de reserva.

Naquela época tínhamos só US$ 220 bilhões.

Temos crédito suficiente para, se houver qualquer problema internacional, a gente garanta recursos para as nossas empresas e não deixe faltar recursos para o País crescer.

Temos a convicção de que crise a gente não enfrenta se apequenando, se atemorizando, sendo covarde.

A gente enfrenta com coragem.

Coragem significa saber a nossa força, ter consciência da nossa força e ter a firme determinação de que esta é uma crise que nós hoje temos todas as condições de transformar em outro momento de salto para o Brasil e é isso que vamos fazer”, garantiu a presidente.

Em Cupira, município a 170 quilômetros do Recife, Dilma assinou ordens de serviço para a construção das duas primeiras barragens de contenção que, junto com outras três, vão evitar enchentes como as de junho de 2010 e de maio deste ano, que destruiram cidades da Zona da Mata de Pernambuco.

Ela assinou ainda convênio para parceria com o Estado para construir a barragem de Serro Azul, a maior das cinco que serão erguidas.

A obra está obra está orçada em R$ 400 milhões, valor que será dividido meio a meio.

A presidente também firmou um termo de compromisso de repasse de R$ 1,3 bilhão para a primeira etapa da Adutora do Agreste.

A obra está orçada em R$ 2 bilhões e, quando pronta, levará água da Transposição do Rio São Francisco para 68 municípios.

Ainda em Cupira, Dilma, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, assinaram os primeiros 37 contratos de Contrapartidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Pernambuco.

Serão investidos R$ 300 milhões para obras de terraplanagem, acesso e infraestrutura das casas para desabrigados das cheias.

Até agora, apenas 84 casas foram entregues nos municípios de Palmares e Barreiros. 16.525 famílias ficaram sem moradia.

A presidente chegou à cidade com uma hora de atraso, mas foi recebida com festa.

A Prefeitura determinou ponto facultativo e a população compareceu em peso.

A cada aparição da petista num telão, antes de sua chegada, eram ouvidos estridentes gritos.

Logo depois, começou um coro de “Dilma, cadê você?

Eu vim aqui só pra te ver”.

Ela foi largamente aplaudida após sua fala.

Daqui, a presidente segue para Garanhuns, também no Agreste pernambucano, onde ministra aula inaugural do curso de medicina na Universidade de Pernambuco (UPE).

No final da tarde, Dilma vai para o Recife.

Irá inaugurar um call center com 14 mil vagas.