Do JC Online Um racha na principal tendência do PT em Pernambuco, a Construindo um Novo Brasil (CNB), expõe a liderança do principal nome do grupo: o senador Humberto Costa.

Sem querer fulanizar, os descontentes criticam a forma como a tendência tem sido conduzida no Estado e, consequentemente, o próprio PT já que a CNB controla um pouco mais da metade do diretório estadual.

Esses filiados passam a atuar, a partir dessa sexta-feira, de forma independente.

Não quer dizer que estejam criando uma nova tendência, mas apoiando, segundo eles, um movimento dentro do partido que quer ampliar os espaços de poder do PT.

E isso passa pela defesa do lançamento de candidaturas próprias nas eleições municipais de 2012.

Esses petistas, mesmo apoiando a administração do governador de Eduardo Campos, não querem ficar à reboque do PSB. “Temos consciência de que o PT não é o único ente político comprometido com as transformações sociais.

Temos preciosos aliados, desde partidos políticos até organizações, movimentos sociais e instituições, que precisam ser considerados.

Porém, o PT não pode descuidar do reconhecimento do seu próprio potencial político, de qualificar e estimular seus quadros, de preparar sua militância para esse próximo período da conjuntura”, diz um trecho do manifesto que esse grupo lança, nessa sexta-feira à noite, em um ato público no Centro Social da Soledade, na Boa Vista.

O documento está subscrito por 113 filiados, a maioria deles dirigentes estaduais e municipais.

Nesse grupo estão o ex-presidente regional do PT, Jorge Perez, a deputada estadual Teresa Leitão e o vice-prefeito de Olinda, Horácio Reis.

Eles criticam a falta de “uma prática coletiva”, mas acreditam que essa posição não vai fragilizar a agremiação que, no Recife, sua principal base, passa por problemas internos em função do rompimento político entre o prefeito João da Costa, pré-candidato à reeleição, e o ex-prefeito e deputado federal João Paulo.

Em outro trecho do documento, os “independentes” enumeram os problemas internos que levaram ao racha: o distanciamento dos movimentos sociais, a ausência de debates estratégicos, a fulanização dos projetos políticos e a tomada de decisões que representam uma vontade individual ou de um pequeno grupo.

Além de Humberto Costa, fazem parte da CNB no Estado: o presidente regional e deputado federal Pedro Eugênio, o também federal Maurício Rands e os estaduais Isaltino Nascimento, Sérgio Leite, Manoel Santos e Izabel Cristina.

Petistas pernambucanos oficializam racha no partido nesta sexta-feira