Sondagem indústria da construção View more documents from Jamildo Melo.

O crescimento da atividade da indústria da construção civil desacelerou pelo segundo mês consecutivo, com 51 pontos em julho, demonstra a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira, 25 de agosto.

Os indicadores variam de zero a cem.

Valores acima de 50 mostram aumento na atividade, atividade acima do usual e expectativa positiva.

Segundo os dados da pesquisa, a indústria da construção registrara 52,4 pontos em junho e 53,1 pontos em maio, meses em que retomou o crescimento este ano.

De janeiro a abril o setor assinalara queda na atividade, com indicadores abaixo dos 50 pontos.

De acordo com o economista da CNI Danilo Garcia, o crescimento moderado do setor em julho foi causado, sobretudo, pela queda da atividade das pequenas empresas, que registraram 47 pontos.

Na direção oposta, estão as empresas de grande porte, que tiveram expansão ao registrar 54,8 pontos.

As médias empresas assinalaram crescimento moderado, com 51 pontos. “Essa queda de atividade das pequenas empresas é explicada pela maior dificuldade de se recuperarem da desaceleração pela qual passou todo o setor de construção no começo do ano”, explica Garcia.

Em relação ao nível de atividade usual nos meses de julho, o indicador ficou em 50 pontos, o que mostra que o nível de atividade foi igual ao esperado para o mês.

Esse indicador também apresenta desempenho diferenciado por porte das empresas.

Enquanto o das grandes empresas ficou em 53,2 pontos, sinalizando atividade maior do que o usual para o mês, o indicador das pequenas empresas registrou 47,1 pontos, mostrando retração da atividade em relação ao usual.

As médias marcaram 49,4 pontos, o que, segundo Garcia, indica estabilidade, já que esse indicador ficou próximo da linha divisória dos 50 pontos.

Na evolução do número de empregados, a construção civil registrou 51,5 pontos em julho, representando crescimento moderado no número de oferta de vagas de trabalho no setor.

Menos otimistas – Os indicadores de expectativa para os próximos seis meses se mantêm acima dos 50 pontos.

No entanto, os empresários do setor estão menos otimistas em agosto.

Na comparação com julho, houve recuo nos quatro componentes analisados: nível de atividade; novos empreendimentos e serviços; compras de insumos e matérias-primas; e número de empregados.

Em relação ao nível de atividade, houve recuo de 61,1 pontos em julho para 60,1 pontos em agosto.

O indicador de novos empreendimentos e serviços caiu de 61 para 60,1 pontos no período; o de compras de insumos e matérias-primas recuou de 60,3 para 59,7 pontos; e o de número de empregados teve queda de 60,9 para 60,1 pontos.

A Sondagem Indústria da Construção foi realizada entre 1º e 16 de agosto com 455 empresas, das quais 212 de pequeno porte, 180 médias e 63 grandes.