Diante do cenário de insatisfação de alguns partidos da base aliada com a faxina ética que a presidente Dilma Rousseff (PT) está realizando no governo, PR, PP, PMDB e até o PT viraram atores de um delicado enredo que pode se complicar a qualquer momento.
Apesar de ter sua postura aprovada pela sociedade, muitos polítcos passaram a encarar a presidente como a madrasta que sai distribuindo maçãs envenenadas.
O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, no entanto discorda da maneira como essa história está sendo contada.
Para ele, nenhum partido quer “dar o troco” em Dilma por conta da “maneira correta” que ela tem adotado. “Não acredito (em revanchismo).
Ninguém está com objetivos assim.
Não imagino que tenha algum partido político querendo passar para a sociedade que quer dar o troco na presidente Dilma porque ela está agindo de maneira correta no enfrentamento de questões de irregularidade, de corrupção.
Não acredito que ninguém esteja pensando nisso.
Não dá para confundir que todo mundo que reclama do governo é porque é favoravel à corrupção, nem que todo mundo que está elogiando é porque é favoravel ao enfrentamento à corrupção.
Não é tão singelo assim.
Tem questões da relação do Congresso Nacional com o Governo da presidente Dilma, da mesma forma que foi com (os ex-presidentes) Lula (PT), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), José Sarney (PMDB) e Itamar Franco (PSDB), que são muitas vezes reivindicações legítimas da pauta do Congresso.
O Congresso muitas vezes não quer ver tanta medida provisória trancando a pauta.
Portanto, é legítimo que o parlamentar lute por isso.
Como se faz?
Na base do diálogo.
E Dilma tem tido um esforço muito intenso nos últimos dias, de reunião com os partidos, de conversas.
O caminho do diálogo está aberto, e ela faz isso de maneira muito franca”. “Há uma pauta no Congresso Nacional.
E há essa agenda de enfrentamento de denúncias, que ela está se saindo muito bem nas atitudes que tem tomado com muita tranquilidade, com firmeza.
O objetivo do governo é enfrentar a pobreza extrema, conduzir o Brasil a um desenvolvimento econômico sustentável, poder gerar oportunidades de trabalho.
Esse é o eixo.
Aqui do lado, é ser intransigente a qualquer tipo de corrupção.
Dilma tem conseguido fazer os dois movimentos, deixando clara sua intolerância com a apropriação do que é público e ao mesmo tempo cuidando do País”, disse o governador em entrevista nesta terça-feira (23).