Trânsito caótico vai receber atenção especial até o final do mandato no Recife Foto: Bernardo Soares / JC Imagem / Arquivo Por Daniel Guedes Depois de mais de oito horas reunido com seus secretários, assessores e diretores de empresas municipais nesta quarta-feira (3), o prefeito João da Costa (PT) estabeleceu que mobilidade será o alvo de seu governo até o final da gestão, em dezembro de 2012.
O assunto que tira a paciência da população todos os dias ganhou atenção especial dos políticos - em todas as esferas de poder - desde que foi anunciada a Copa do Mundo no Brasil, em 2014.
A maioria dos grandes projetos de mobilidade está sob a batuta do Governo do Estado, mas há ações mais pontuais que a Prefeitura se compromete a executar.
Dentre elas, está o prolongamento da Avenida Beira Rio até a BR-101 e mudanças no fluxo de veículos no bairro de Casa Forte, nas proximidades do Plaza Shopping.
O prefeito não esclareceu detalhes das duas propostas.
Afirmou apenas que pretende licitar o conjunto de invervenções na Beira Rio até o início do próximo ano.
A ideia é dividir as despesas meio a meio com o Governo do Estado.
Já as mudanças em Casa Forte dependem de um estudo de engenharia de tráfego que ainda será solicitado.
Além disso, há obras de grande porte que estão por ser concluídas.
A mais breve é a inauguração das alças do viaduto Capitão Temudo, prevista para o próximo mês.
A duplicação do elevado foi aberta ao público no início de agosto.
O outro lançamento previsto é o da primeira etapa da Via Mangue, o que deve acontecer a partir de setembro do próximo ano, um mês antes das eleições municipais.
João da Costa, no entanto, rebateu a insinuação de tom político da inauguração. “Não trabalho com obra para me eleger prefeito.
Trabalho com obra para honrar os compromissos que eu assumi com a população”, fez questão de esclarecer.
Essa primeira etapa compreende os trechos entre o viaduto Capitão Temudo até a comunidade Jardim Beira Rio e entre a Avenida Antônio Falcão e o Bompreço da Avenida Domingos Ferreira.
Apesar de não ter estabelecido metas para cada pasta, o chefe do Executivo saiu satisfeito do primeiro encontro que teve este ano com todo o seu secretariado.
Foi a oportunidade de integrar os secretários e fazer que todos - principalmente os novatos - tomassem conhecimento do que está sendo feito na cidade.
Para o prefeito, a imagem da gestão perante a população vai mudar “na hora que for necessário”, ou seja, quando ela perceber o que está sendo executado. “A imagem para a opinião pública é a tradução do que a gente está fazendo.
As ações que a gente começou para melhorar o trânsito já estão sendo percebidas.
As pessoas sabem que a gente está tomando iniciativa até que obras estruturais melhorem (definitivamente).
A população vai perceber (as mudanças) na hora que for necessário.
O governo tem seus tempos.
O tempo da adaptação, num primeiro momento, a algumas mudanças, o momento em que você tem que captar recursos e elaborar projetos e agora as obras que vão acontecer.
A hora (em que for necessário é aquela em) que ela perceba o conjunto de obras que a gente está fazendo.
E não são poucas”.
João da Costa disse não estar preocupado agora em estabelecer uma marca para seu governo. “A marca está sendo construída.
Em determinado momento ela é perceptível pela população.
Não fizemos essa reunião hoje para fazer essa discussão de qual é a marca (pela qual) nós vamos ser conhecidos”, afirmou.
Ele garantiu que está cumprindo com a proposta de sua eleição, em 2008. “Esse foi o grande legado político que a gente trabalhou: continuar as grandes mudanças.
Eu não deixei nada pelo caminho.
Tudo está sendo feito, tudo está sendo entregue e ampliado”.
O prefeito procurou também justificar o discurso que vem adotando nos últimos dias, quando busca associar o desenvolvimento do Estado ao do Recife. “Agreguei no meu discurso uma realidade econômica que eu pude constatar”.
João da Costa disse que reuniões como a desta quarta-feira será feita com mais frequência.
A próxima ainda não está marcada.