Do Jornal do Commercio Uma das principais incógnitas relativas à sucessão municipal de 2012 pode ganhar desdobramento na próxima segunda-feira (15).
Em meio aos constantes rumores de que poderia deixar o partido, o deputado federal João Paulo (PT) terá um encontro a sós com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo.
A reunião foi agendada a pedido do próprio Lula durante sua passagem pelo Recife, na semana passada.
A conversa entre os dois, segundo comenta-se nos bastidores petistas, pode ser crucial para definir o futuro político do ex-prefeito, tendo em vista que acontece praticamente às vésperas de terminar o prazo para novas filiações partidárias (seis de outubro) aos que desejam participar do próximo pleito.
Conforme havia afirmado ao longo da última semana, João Paulo reiterou que ainda não sabe qual será o conteúdo da conversa com o ex-presidente. “É Lula quem vai dizer”, repetiu.
Quando esteve no Recife, ainda no mês de julho, Lula avisou que ainda reservaria um momento para discutir o processo sucessório da capital .
Para o presidente estadual do PT, Pedro Eugênio, no entanto, a reunião não tem a ver com o rumo partidário que ex-prefeito poderá tomar. “Não quero crer e nem vejo razão para imaginar isso”, afirmou.
Nos bastidores, existe a expectativa em relação ao desfecho do encontro.
Até porque os comentários de que João Paulo deve deixar o partido para abrigar-se em outra legenda, a exemplo do PCdoB, PTB ou até mesmo do PSB, não cessam.
O petista, inclusive, chegou a confessar a aliados que teria chegado a hora de tomar uma decisão.
O motivo principal é o resultado positivo que sondagens internas estariam apontando à sua candidatura e a falta de apoio do partido ao seu projeto de voltar à Prefeitura.
Ao ser homenageado, há dois dias, pela Câmara dos Vereadores, João Paulo insistiu que só deixaria o PT se não tiver mais condições “emocionais” e “políticas” para permanecer.
E reconheceu que “ninguém do PT” poderia tomar qualquer decisão sem escutar Lula.
Curiosamente, em 2008, foi João Paulo quem procurou convencer o ex-presidente a legitimar - a contragosto de muitos petistas - a postulação do atual prefeito João da Costa (PT).