Tanto o prefeito João da Costa (PT), quanto o lídero do governo na Câmara do Recife, Luiz Eustáquio (PT) veem com naturalidade a movimentação do deputado federal Eduardo da Fonte (PP) que tem demonstrado intenção de disputar a Prefeitura da Capital pernambucana.
Ao menos é o que os dois disseram na tarde deste sábado (13), em evento contra o uso de drogas, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, na Zona Sul.
João da Costa voltou a adotar o discurso de que não está preocupado com as eleições agora.
Disse que, no momento, é preciso pensar nos problemas na cidade e que o pleito de 2012 é assunto para o próximo ano. “Agora é hora do prefeito trabalhar.
Não cabe ao prefeito comentar iniciativa de qualquer liderança de qualquer partido dentro da nossa frente ou não.
Vamos discutir isso dentro da frente, do nosso campo político em 2012”, disse o prefeito.
Quanto às declarações de Eduardo da Fonte publicadas na edição deste sábado do Diario de Pernambuco, quando afirma estar buscando “uma alternativa a essa gestão tão rejeitada” e cogita até mesmo a saída do Partido Progressista da Frente Pupular e uma aliança com o PSDB, o prefeito considerou que ainda não há nada definido. “Temos um ótimo relacionamento com membros do Partido Progressista, que é o caso do deputado federal Roberto Teixeira.
Temos também (uma boa relação) com Eduardo da Fonte.
Eles não fazem parte do governo da Prefeitura da Cidade do Recife, mas temos um bom relacionamento e, no momento certo, que é 2012, vamos conversar”.
Luiz Eustáquio também minimizou a movimentação, mas disse considerar natural o interesse de Eduardo da Fonte em disputar a Prefeitura do Recife. “Todo mundo tem o direito de buscar e querer ser prefeito”, reconheceu.
No entanto, o novo líder do governo na Câmara, defendeu a busca pela unidade da Frente Popular. “Esperamos que o campo de aliança seja mantido.
Qualquer aliado que você perde é um prejuízo, mas acredito que Eduardo da Fonte é um companheiro muito sensato”, avaliou.
METÁFORA - O prefeito João da Costa resolveu dar uma de Lula, o ex-presidente da República, e usou uma metáfora futebolística para comentar a onda de lançamentos de pré-candidatos da oposição. “Isso parece véspera de convocação de Copa do Mundo.
Toda semana aparece um jogador que vai ser convocado.
Mas, no final, só ficam 22.
Não é?
Quando chegar março é que a gente vai saber quem vai jogar”.