Em entrevistas a rádios das duas regiões e Sertão do Pajeú, Armando Monteiro falou sobre a sucessão no Recife.

O PTB chegou a convidar João Paulo?

Armando Monteiro – “Não fizemos o convite porque o deputado João Paulo, com quem nós mantemos uma relação de amizade – não é só uma relação política, é uma relação de amizade, de confiança, de companheirismo…O companheiro João Paulo, embora nós tenhamos conhecimento de que houve problemas nessa sua relação com o prefeito João da Costa, e que houve algumas dificuldades internas no PT, nunca nos disse de forma clara, direta, que estaria saindo do PT.

E como ele tem uma trajetória que foi forjada no PT, ele tem muita identidade com o PT, nós evidentemente só poderíamos cogitar de um convite a João Paulo se ele saísse do PT.

Então nós não vamos invadir a seara de um partido da aliança, de um partido que é da nossa frente, para poder estar tirando companheiros ou estimulando a saída de companheiros.

Eleição do Recife Armando Monteiro – “Agora, eu quero dizer que a eleição no Recife passa por João Paulo.

Esta é uma constatação que todas as lideranças políticas de Pernambuco sabem. É uma figura que tem um grande carisma popular, teve uma administração que foi muito bem avaliada na prefeitura do Recife, tanto que elegeu o sucesso no primeiro turno.

Portanto, nenhum dos atores, nenhuma das lideranças da nossa Frente Popular, seja de que partido for, pode desconhecer a força da liderança do ex-prefeito João Paulo.

Então, nós temos que construir um caminho que valorize a participação do companheiro João Paulo.

E o PTB reconhece esta liderança”.

Sobre 2014 Armando Monteiro – “Eu não posso dizer que vejo (especulações de candidatura ao governo em 2014) com estranheza porque evidentemente isto significa que há um reconhecimento a nossa trajetória política.

E aí os companheiros olham sempre para adiante, para 2012, 2014.

Então eu não posso deixar de dizer que estas especulações são próprias do ambiente político.

Isto acontece.

Veja que o outro Senador, o nosso companheiro Humberto Costa, também tem seu nome sempre especulado e lembrado na imprensa como um potencial candidato.

Aliás, os senadores, como eles saíram de uma eleição majoritária agora, eles se colocam normalmente, isto não é uma questão em Pernambuco.

Em qualquer outro estado os senadores são sempre lembrados quando se fala da eleição seguinte.

Agora, o que vou dizer de forma muito sincera é que eu não estou olhando este calendário.

Eu fui eleito para ser senador.

Eu quero no momento desempenhar bem o cumprimento deste mandato que os pernambucanos me confiaram, foram 3 milhões e 130 mil votos que recebi”.