Deu no Blog de Priscila Se o cidadão recifense que se desloca entre os eixos Norte e Sul da cidade através da ponte Paulo Guerra, na Bacia do Pina, quiser comparar as obras do Shopping Rio Mar, da iniciativa privada, e das 2º e 3º etapas da Via Mangue, sob a responsabilidade da Prefeitura do Recife, certamente vai considerar a obra pública como “atrasadíssima”.
A comparação é clara: enquanto no terreno às margens do Rio Pina revela grandes estruturas evidentes, muito pouco se vê da Via Mangue, apesar do esforço do marketing do prefeito João da Costa (PT) que, inclusive, já municiou os meios de comunicação com peças publicitárias batidas: sobram efeitos virtuais e o discurso de que João “tirou a Via Mangue do papel”.
A obra privada teve início em setembro de 2010, há 11 meses.
A pública está nos discursos e promessas há sete anos, mas teve sua pedra fundamental lançada há sessenta dias.
Defensora de obras que auxiliem a mobilidade urbana no Recife e região metropolitana, a partir de princípios da sustentabilidade, a vereadora Priscila Krause (DEM), líder da oposição na Câmara do Recife, segue determinada na missão de fiscalizar a obra.
No 2º relatório mensal de acompanhamento da intervenção urbana, divulgado hoje, pouca coisa mudou em relação ao primeiro mês.
O Sistema Orçamento e Financeiro da Prefeitura do Recife, o Sofin, permanece sem emitir quaisquer empenhos destinados à Queiroz Galvão, empreiteira responsável pela nova via.
Enquanto isso, de acordo com o cronograma físico-financeiro disponibilizado à vereadora, os sessenta dias de obras já deveriam ter custado ao erário o valor de R$ 7,73 milhões, o equivalente a 2,42% do total referente à obra (R$ 319,8 milhões).
Vale destacar que serviços programados para este segundo mês, como a canalização de 800 metros do Rio Pina, por exemplo, não foram iniciados.
Além do acompanhamento no Sofin, a equipe de Priscila visitou cinco localidades: o canteiro da Avenida Sul, já instalado e com movimento mediano, o canteiro da Saturnino de Brito (próximo ao Cabanga), onde ocorreu o maior avanço em relação ao mês passado, o canteiro no pé do viaduto Capitão Temudo (sentido Boa Viagem – Olinda), pouquíssimo movimentado, e os dois canteiros previstos no bairro de Boa Viagem: um próximo ao Hiper (Av.
General Mac Arthur), com obras iniciadas na semana passada, e o espaço da Comunidade da Xuxa, o mais atrasado de todos.
Em conjunto com técnicos da sua equipe, Priscila Krause decidiu manter o estágio da obra como “alerta” (além desse, há os níveis “avançada”, “em dia” e “atrasada”. “Nesse segundo mês, nós tivemos uma surpresa desagradável que foi o atraso no início do canteiro em Boa Viagem, para a construção do complexo sobre a Antônio Falcão, iniciado há poucos dias, já em agosto.
O prefeito havia prometido que essa parte começaria já em junho.
Por outro lado, mesmo sem a emissão de qualquer empenho, reconhecemos que ainda é muito cedo para considerar a obra atrasada.
De qualquer forma, essa é a nossa contribuição para que a Via Mangue saia realmente do papel no prazo dos trinta meses, sendo inaugurada por completo no final de novembro de 2013.
O Recife não suporta mais conviver com os princípios do planejamento urbano esquecidos no passado.
Vamos fiscalizar a Via Mangue 24 horas e o cidadão será sempre o primeiro a ser informado”, concluiu Priscila.
O próximo relatório está previsto para ser divulgado na segunda semana de setembro.