Um complexo a partir de Suape Por Fernando Cartilho, na coluna JC Negócios O cenário agora desenhado para a região do Litoral Norte de Pernambuco (com a confirmação do projeto da Fiat) naturalmente ainda não está formatado.

E isso pelo próprio conceito que o complexo Fiat levará para lá, uma vez que não será uma fábrica, mas um conjunto de negócios que a empresa mira num horizonte global, de pelo menos, 20 anos.

Mas o terreno de 1,4 milhão de m², pertencente à Usina Santa Tereza, não foi um achado barato.

Estava estocado como ativo de uma companhia que nas últimas safras – segundo dados do Ministério da Agricultura – produziu, em média, 1,1 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, 2,3 milhões de sacos de açúcar e 20 milhões de m³ de etanol, numa das empresas do setor sucroalcooleiro mais produtivas de Pernambuco.

Além de integrar o portfólio de um dos maiores grupos empresariais do Nordeste, aliás, vice líder do setor cimenteiro.

Isso explica porque na hora de fechar a negociação, a companhia optou pela troca dos seus 1.339,7 hectares de terras planas, livres de qualquer gravame, às margens da BR-101 que está sendo duplicada, por um pacote de terras vizinhas à sua unidade industrial que somam exatos 6.164,8 hectares distribuídos em sete engenhos.

Ou seja: a empresa recebe a Fiat, mas preserva seu negócio, cujos preços do açúcar estão estáveis desde 2008, na faixa dos US$ 500 à tonelada, graças às constantes quedas de safra da Índia.

O governo topou.