Da assessoria nacional da CUT O presidente da CUT Artur Henrique, o secretário Geral Quintino Severo e o presidente da central em Pernambuco, Sergio Goiana, se reuniram nesta terça-feira (10) com o senador Armando Monteiro (PTB-PE) para discutir a plataforma da central no Congresso Nacional.

Artur disse ao senador que é muito importante que o parlamento contribua para que a pauta da classe trabalhadora possa avançar em pontos fundamentais como o fim do Imposto Sindical, a redução da jornada de trabalho para 40 horas e o fim do fato previdenciário.

O dirigente argumentou que, na avaliação da CUT, a pauta dos trabalhadores deve ser colocada no Congresso com a mesma prioridade das pautas dos empresários. “É preciso pensar em melhoria das condições de trabalho, ampliação da negociação dentro das empresas e organização no local de trabalho dentre outros itens. “O Imposto Sindical é um dos pontos que podemos avançar juntos, inclusive com o apoio de alguns empresários.

Queremos retomar o debate sobre a criação de uma contribuição que só será cobrada se os trabalhadores de cada categoria ou setor de atividade aprovarem o desconto em assembléia”.

Sobre o Imposto Sindical, o senador concordou que é preciso pensar em mudanças. “A gente precisa sair desse modelo cartorial”, disse ele, que completou: “Junto, a gente pode construir um nodo modelo de financiamento”.

Quanto ao Fato Previdenciário, Armando Monteiro concordou com Artur que, para acabar com o fator é preciso colocar uma compensação no lugar.

Artur sugeriu a formula 85/95 e o senador disse que considera esta uma agenda interessante para o parlamento levar adiante.

Já com relação as 40 horas, ele disse que acha que a questão pode ser resolvida via negociação em cada setor produtivo.

O presidente da CUT voltou a falar sobre a importância da negociação, da representação no local de trabalho. “Quanto mais negociação, menos leis.

O problema hoje é que temos 3 milhões de processos na Justiça do Trabalho, mais de 70% deles são relacionados a horas extras e/ou isonomia.

Com negociação, isso seria reduzido, mas essa não é a realidade na maioria dos setores da economia”, lamentou Artur.

Armando Monteiro disse que compreendia a importância do Congresso Nacional destravar a agenda dos trabalhadores e que acha que pode contribuir com a abertura do dialogo entre os parlamentares e a CUT.