Na Folha de São Paulo A presidente Dilma Rousseff se reuniu com os comandantes das Forças Armadas na sexta-feira (5), antes de embarcar para o Nordeste, para formalizar pessoalmente o convite para que fiquem nos cargos, informa reportagem da colunista Eliane Cantanhêde publicada na Folha deste sábado.

Esta foi uma tentativa de neutralizar resistências ao nome do novo ministro da Defesa, Celso Amorim.

A presidente foi rápida e formal.

Confirmou a saída do ministro Nelson Jobim e a chegada de Amorim, ratificou o convite para que fiquem e determinou à cúpula militar e subordinados que fiquem em silêncio.

Não quer qualquer tipo de manifestação da tropa quanto à troca.

Ainda na sexta-feira, porém, o general Augusto Heleno, porta-voz informal do Exército, disse que a troca na pasta “não tem impacto nem trauma, porque troca de comando é rotina para nós”. ‘PÁGINA VIRADA’ Na Bahia, Dilma afirmou, na tarde de sexta-feira, que o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim é “página virada” no governo federal. “Eu reconheço o trabalho que ele [JOBIM]deu ao país.

Infelizmente, nós esgotamos uma etapa e, por isso, passamos e viramos a página”, disse Dilma no aeroporto de Petrolina (PE), em entrevista a rádios locais.

Falando como novo ministro, em palestra na UEPB (Universidade Estadual da Paraíba), em João Pessoa (PB), o ex-chanceler Celso Amorim disse que terá que ser “mais cuidadoso com as palavras” no Ministério da Defesa. “Eu já não posso falar como um ex-ministro das Relações Exteriores.

Terei que ser mais cuidadoso com as palavras para não me comprometer”, disse Amorim no evento.

O diplomata deve tomar posse na segunda-feira (8)