Após falar sobre a saída de Nelson Jobim e a chegada de Celso Amorim na Defesa, a presidente Dilma Rouseff falou da transposição do São Francisco e negou que as obras estivessem paralisadas.

Esta semana, em entrevista de Brasília, o ministro Fernando Bezerra Coelho disse que cinco dos 16 lotes da transposição estavam parados.

Confira abaixo alguns trechos da entrevista para a Rádio Juazeiro AM: - A senhora falou do Pontal.

E sobre o Canal do Sertão?

Petrolina está fora do ramal da Transnordestina.

E as obras estão paradas? “Não está parado.

Em junho, tinha 4 mil pessoas trabalhando.

Quando temos 4 mil numa obra, ela não está parada.

Fizemos alguns ajustes nbo projeto de base, que muitas vezes não dá todas as características do projeto de engenharia.

Tivemos que acrescentar túneis e outras obras q não estavam planejadas.

Até o fim de agosto, o projeto do São Francisco estará andando integralmente.

Até o final de agosto teremos todos os trechos em obra.

Começamos com projetos básicos e agora nos aprofundamos com projetos de engenharia.

E isso acontece com qualuer obra de engenharia.

Você conclui um pedaço e garante q começa a fornecer água para o entorno.

Porque a conclusão não se dará de uma vez só.

A cada fase que nós concluirmos, vamos colocar água à disposição.

Um projeto dessa envergadura, é importante que ocorra porque vai beneficiar parte muito importante do semi-árido.

Aquela música q a gente escutava, um tema muito recorrente q o serttão vai virar mar, não digo isso pq a água não é salgada.

Mas q o sertão terá acesso a uma água q não tinha, terá nova oportunidade.

Petrolina não está no ramal, ela estará no segundo momento.

Como qualquer obra que cria uma estrutura ao longo do espaço, cria-se o tronco principal.

Petrolina, quando for o caso, estará nos troncos secundários do canal.

Acho uma iniciativa muito importante a hidrovia do São Francisco, que irá até Juazeiro e beneficiará Petrolina, teremos um investimento significativo para garantir navegabilidade desse trecho.

As 3 grandes obras que estão sendo priorizadas no governo são: a hidrovia do São Francisco aqui, uma no Mercosul e a Paraná-Tietê.

Tem outros trechos menos volumosos, mas nós achamos que isso garantirá o acesso a hidrovia e colocará à disposição uma nova logística na região. o canal e oferta de água para transporte. - O motivo q a traz aqui é a entrega das casas do Minha Casa, Minha Vida.

Uma das obras mais aguardadas é o anel viário entre Juazeiro e Petrolina. É posível q seja executada no seu governo? “Ela será executada. colocamos no PAC 2 a construção de uma travessia urbana, com 9 km de extensão. É importante porque finalmente essa ponta que parecia que jamais seria executada agora terá a travessia urbana para a população de Petrolina e Juazeiro.” - O governo Lula nada fez sobre a irrigação na região nos 8 anos do governo.

A senhora pretende mudar esse quadro no Vale?

Que programa é esse de irrigação? “Vamos concentrar nossos esforços na formulação de uma política muito importante, política nacional de irrigação pública.

Esperamos ter condições de lançar essa política até setembro.

Isso significa q não consideramos que não fizemos nada pela irrigação no Governo Lula, não.

O que faremos agora é melhorar, fazer uma política estratégica de irrigação.

Essa é uma das regiões com uma das principais obras em relação a água, que ainda é uma complicação.

Mas agora o novo Nordeste está voltando.

Um novo Nordeste tanto por conta das oportunidades quanto por conta da perspectiva de ter água.

Quero lembrar a transposição e interligação das bacias do São Francisco, projeto de envergadura nacional, que está para o Brasil assim como o Vale do Colorado esteve para os EUA.

Vamos usar vários instrumentos para assegurar o acesso à água.

Aqui nessa região a água é fundamental para a irrigação.

Tentamos fazer uma Parceria Público-Privada para irrigação, mas encontramos dificuldade para conseguir participantes e agora fazemos uma melhoria para o projeto do Pontal.

Essa região é uma das regiões-polo tanto pra exportação de frutas quanto para produção de vinhos.

O governador Jaques Wagner vinha no avião me informando que essa região está em segundo lugar na produção de vnho no Brasil.

A irrigação será um dos diferenciais nos próximos 4 anos.”