A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE) realizou sondagem na Região Metropolitana do Recife para avaliar a expectativa do comércio para o Dia dos Pais na Região Metropolitana do Recife (RMR).
Esta data inaugura no segundo semestre no calendário das grandes datas do comércio, que se estende até as festas de fim do ano.
Os empresários estão muito otimistas.
Cerca de 74% esperam vendas maiores do que no ano passado, contra 20,4% que admitem resultados iguais, sendo menor que 6% o percentual dos que prevêem queda.
Com base no levantamento junto aos empresários, a metodologia da Fecomércio estima um crescimento nas vendas de 14,84% em relação a 2010.
Para obter uma visão antecipada dos resultados da data, a Federação do Comércio, na terceira semana de julho, ouviu 308 consumidores da Região Metropolitana do Recife e 289 empresários dos ramos onde se costuma comprar os presentes.
Nos dois locais de pesquisa o otimismo é nítido.
No entanto, nos shoppings centers é maior, com expectativa de crescimento acima de 18%, contra pouco mais de 12% no comércio tradicional.
Foram ouvidos 170 empresários nas áreas tradicionais do comércio e nos shoppings 119.
Para o consultor da Fecomércio, Luiz Kehrle a expectativa dos empresários tem suporte na disposição de compra dos consumidores. “Este ano 80,2% pretendem comprar presentes, um percentual bem maior do que os 71,4% registrados no Dia dos Pais 2010”, explica Kehrle.
Além do mais, o valor médio dos gastos deverá crescer de R$114,30 para R$144,70.
Um resultado importante é que em todas as três faixas de renda pesquisadas pela Fecomércio registrou-se expectativa de aumento substantivos dos gastos Outro ponto a registrar, segundo o também consultor da Fecomércio José Fernandes Menezes, é a disposição dos consumidores de continuarem a contrair novas dívidas a despeito das atuais restrições ao crédito. “Nas classes de renda A-B e C cerca de 28% das compras serão a vista e o restante a prazo, basicamente utilizando o cartão de crédito.
Na classe de renda D-E as compras a vista devem ultrapassar 46% das transações, mas também ali os cartões de crédito predominam como forma de pagamento”, ressalta Fernandes.
As compras de presentes deverão estar concentradas nos ramos de vestuário, calçados/acessórios, perfumes/cosméticos e eletroeletrônicos.
As jóias aparecem como opção relevante somente para os consumidores da classe de renda A-B.
Perfumes/cosméticos deverão ser comprados por cerca de 15% dos consumidores nas três faixas de renda.
Todavia, tanto na classe de renda C quanto na D-E os presentes deverão ser adquiridos nos ramos de vestuário e calçados.
As escolhas de presentes são muito estáveis e as preferências registradas este ano são semelhantes às constatadas no ano passado, como seria de esperar.
Dos 308 consumidores entrevistados 56% são do sexo feminino e 44% masculino, com idade média de 31,2 anos, com máxima de 62 e mínima de 14.
Quanto à escolaridade destaca-se o ensino médio com 61,25% na classe D-E e pós-graduação com 50% na classe A-B.
Em relação a faixa de renda a maior concentração é de consumidores com recebimentos de mais 1 salário mínino até 3, que inclui 41,5% dos entrevistados.