À imprensa de Pernambuco Da cobertura pela imprensa sobre o megalomaníaco evento “O Maior Show do Mundo”, ocorrido no último sábado, só uma dúvida me aflige: quantos compareceram ao “Maior Show do Mundo”?
Ao que parece à imprensa pernambucana não interessa, nem mesmo uma estimativa.
Pois é, pelo menos como um leitor - no mínimo curioso, senti falta da informação em todos os jornais que cobriram o evento.
Fizeram questão de mencionar o atraso de Luan Santana, a simpatia da Banda Eva, o carisma de Ivete Sangalo; fizeram questão de detalhar os horários em que cada atração entrou e saiu do palco; falaram da chuva, do som, do trânsito, do policiamento e até da situação do gramado do estádio, mas uma pergunta não foi respondida: quantos Recifenses estiveram presentes no “Maior Show do Mundo”?
Não creio que seja uma informação sem importância.
Até porque o superlativo de superioridade que dá nome ao evento pressupõe uma informação básica, sobre o repito insistentemente: Quantas pessoas estiveram no “Maior Show do Mundo”?
Que os produtores do evento fazem tudo para não pagar os direitos autorais devidos, todo mundo já sabe.
E neste sentido, sonegar essa informação nada mais é do que sonegar o pagamento dos direitos autorais.
Só lamento é a imprensa compactuar com tudo isso e tolher essa informação e e este serviço de utilidade pública da sociedade.
Como cidadão e como defensor dos direitos dos autores de obras musicais em Pernambuco, senti vergonha pela imprensa local e em especial pelos profissionais que cobriram o evento, pois ficou clara a deliberada sonegação da informação.
Ricardo Uchôa Cavalcanti Filho Advogado do escritório do Ecad em Pernambuco