Os produtores do maior show do mundo obtiveram uma vitória parcial, na Justiça, nesta tarde de sexta-feira, em sua briga com o Ecad.

O desembargador José Antônio Patriota, do TJPE, concedeu liminar, em segunda instância, dando o direito de realizar o evento, depois que a empresa Festa Cheia pagou R$ 30 mil à Justiça.

O depósito é uma espécie de caução.

Não se trata de pagamento antecipado pela causa, em caso de derrota.

No entanto, caso ocorra a perda da ação os recursos são usados com esta finalidade. “O problema não foi encerrado.

Eu gostaria de frisar que eles não estão pagando os direitos autorais reclamados pelo Ecad.

Os R$ 30 mil são uma garantia, enquanto a discussão continua na justiça”, explicou o advogado do Ecad, Ricardo Uchoa.

No caso, o mérito será discutido na primeira instância, pelas mãos do juiz Francisco Julião de Oliveira Sobrinho. “O show vai acontecer mas não há acordo.

Não fizemos acordo com os produtores, a pendência continua”, acrescentou.

O Ecad diz que vai acompanhar a realização do evento para checar o público. “Se der 60 mil, vamos cobrar o dobro, de acordo com o público que for conferido pela PM e a imprensa”, disse.

No caso, o valor de R$ 119 mil foi estabelecido levando em conta a expectativa de um público de 29 mil pessoas.

O empresário Augusto Acioli comemorou. “O ECAD, sempre ele, entrou com uma ação na Justiça pra cancelar.

Cobraram 10 x mais do que pagamos ano passado.

Não achamos justo e pedimos revisão dos valores à Justiça.

O desembargador acabou de dar a decisão.

O maior show do mundo está liberado!”.

Entenda a polêmica O Blog de Jamildo revelou nesta quinta-feira, em primeira mão, que a empresa Festa Cheia Produções e Propaganda, do empresário Augusto Acioli, estava tendo problemas com o Ecad, que reclama o pagamento de direitos autorais pela realização do evento batizado de maior show do mundo.

O juiz de direito Francisco Julião de Oliveira Sobrinho determinou no início da noite desta quinta-feira que os produtores depositassem R$ 119 mil a título de direito autoral, sob pena de cancelamento do evento.

De acordo com a decisão judicial, o cancelamento do show ocorre no caso da falta de depósito do valor até às 13:00 hs desta sexta-feira.

O prazo esgotou-se e a determinação não foi cumprida.

Por sua vez, a produtora Caldeirão entrou com um agravo contra a decisão do juiz de primeira instância no TJPE, ação que foi distribuída para ser julgada pelo desembargador José Antônio Patriota, nesta tarde de sexta-feira.

O advogado do Ecad no Recife, Ricardo Uchôa Cavalcanti Filho, informou ao Blog de Jamildo, nesta manhã, que entraria com um novo pedido para o cancelamento do evento, já que a decisão do juiz foi desrespeitada.

Como existem mais três ações na justiça local exigindo pagamento também de direitos autorais, pela mesma versão do evento maior shos do mundo, o clima de desentendimento entre os produtores e o órgão parece só ter a degringolar ainda mais. “A superintendente do Ecad no Rio de Janeiro, Glória Coelho, me ligou ainda hoje e pediu atenção especial a este caso.

Não é só o dinheiro.

O órgão vai processar criminalmente Augusto Acioli por sua declarações no twitter, difamando o Ecad.

Qual a legitimidade que este empresário tem, se responde a três ações por falta de pagamento de direitos autorais?

Difamar o Ecad não é justificativa para deixar de cumprir a lei", afirmou Ricardo Uchoa.

Justiça ameaça cancelar o maior show do mundo, na Ilha do Retiro, se produtores não recolherem R$ 119 mil em direitos autorais ao Ecad Augusto Acioli diz não ter medo do Ecad e mantém crítica de corrupção contra o órgão