O comércio em geral na Região Metropolitana do Recife (RMR) fechou o primeiro semestre de 2011 com um aumento de 5,31% nas vendas, ao comparar com o mesmo período do ano anterior.

Consequentemente, o resultado refletiu no emprego e na massa salarial dos profissionais do setor, registrando aproximadamente um incremento de 5,8% e 8%, respectivamente.

Os dados são resultado da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista da RMR, realizado pela Fecomércio-PE, que ainda apontou crescimento nas vendas do mês de junho, ao comparar com o mês de maio deste ano. “O bom desempenho nos primeiros seis meses do ano é realçado pelo fato de ser comparado com uma base muito alta, o primeiro semestre de 2010, e também porque ocorreu em um período marcado pela restrição do crédito e desaceleração da economia”, explica José Kerhle, consultor da Fecomércio.

A expectativa da federação é de que o comércio continuará crescendo em 2011, mesmo que o primeiro semestre tenha registrado desaceleração nos ramos de concessionária de veículos e materiais de construção, que puxaram o crescimento em 2010. “O destaque este ano será dos ramos de móveis e decorações, cujo faturamento subiu mais de 23% nos primeiros seis meses do ano, puxado pelo aumento da renda e compra de novas habitações”, completou Kehrle.

Sobre o mês de junho, a pesquisa apontou um aumento de cerca 1% no faturamento, ao comparar com maio, mês de boas vendas devido ao Dia das Mães.

O emprego se manteve praticamente estável no comércio em geral, mas a massa salarial teve um incremento de quase 5%. “Boa parte desse resultado se deu às vendas ocorridas no Dia dos Namorados e São João”, justificou o também consultor da Fecomércio, José Fernandes de Menezes.

O índice foi reflexo no crescimento de 11,29% do segmento de Bens de Consumo Semiduráveis, com destaque ao ramo de calçados, que apresentou um aumento de 30% em seu faturamento.

Em relação ao ano de 2010, os números de junho permanecem positivos, em que faturamento e massa salarial aumentaram quase 11% e o emprego mais de 5,5%. “Isso mostra que o comércio continua a ter resultados melhores do que em 2010, a despeito de uma conjuntura econômica mais restritiva no ano em curso”, completou Fernandes.