Foto: Aluísio Moreira/SEI/Divulgação Assim como seus colegas, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), aproveitou o encontro com a presidente Dilma Rousseff (PT), em Arapiraca (AL), para fazer cobranaças e sugestões.
A reunião acontece na tarde desta segunda-feira (25) para a pactuação do Plano Brasil Sem Miséria com os governadores do Nordeste, onde estão concentradas 59% das pessoas em situação de pobreza extrema.
Eduardo sugeriu que seja concedida à Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) a função de observatório do programa na Região.
Ele recomendou ainda que haja um atrelamento entre desempenho dos municípios e facilitação na captação de recursos. “Queremos ter meta, foco, indicador para premiar os municípios que vão na frente”, afirmou. “Quem estivesse bem no enfrentamento à miséria seria tratado de uma forma diferente na fila em busca de financiamento”, sugeriu.
Outra proposta foi selecionar municípios com maior vulnerabilidade e fazer que as escolas ofereçam uma terceira merenda, o café da manhã. “É mais uma atração à escola.
Fecha as duas pontas de uma mesma costura”.
CRACK - O governador de Pernambuco aconselhou que a presidente atrele o Brasil sem Miséria com o plano de combate ao crack e ao alcoolismo. “Nessa realidade dos vulneráveis é onde vemos entrar o álcool com uma intensidade jamais vista e o craque”, indicou.
Mas a cobrança mais enfática de Eduardo foi na área de saúde.
O governador criticou a falta de médicos na Região. “Faltam profissionais de saúde no Nordeste.
Não adianta falar de saúde sem falar aqui no Nordeste.
Não temos médicos para abrir PSF, não temos enfermeiras”, reclamou.
Sugeriu que Dilma autorize a abertura de cursos de Medicina nas universidades federais, estimule os governadores a fazerem o mesmo nas estaduais e até autorize as particulares a abrir cursos. “A senhora terá nossa solidariedade para trilhar este caminho.
Autorizei a Universidade do Estado a abrir dois cursos de medicina”, exemplificou.