Por Fábio Guibu, na Folha.com A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, em visita a Arapiraca (a 120 km de Maceió), que o governo saberá “responder à altura à ameaça de inflação”.
Dilma discursou na cidade alagoana para governadores do Nordeste e sete ministros de Estado. “Não tenho dúvidas que seremos capazes de defender a economia brasileira de todas as ameaças externas e internas.
Estou me referindo à ameaça de inflação que, por exemplo, corrói a renda do trabalhador.” A presidente citou a política de valorização do salário mínimo e a criação de postos de emprego como armas de combate ao risco de aumento nos preços. “Nós temos que crescer com estabilidade e robustez fiscal.
Não podemos conceber o Brasil parado.” Na última sexta-feira (22), em conversa com jornalistas, a presidente deu a entender que não tomará medidas tão já para reduzir a inflação.
Indagada se o governo espera que a taxa de inflação faça uma convergência para o centro da meta (4,5% ao ano) em 2012 ou 2013, a presidente não respondeu de forma precisa.
Disse que o governo optou por manter “a economia crescendo de forma consistente”, embora num ritmo menor do que em 2010.
Durante o evento em Alagoas, Dilma anunciou que irá lançar na terça-feira (26) o programa educacional Brasil sem Fronteiras.
Segundo a presidente, a iniciativa do governo federal permitirá que 75 mil estudantes do país estudem nas melhores universidades do exterior.
Estão previstos intercâmbios em áreas como matemática, química, biologia, engenharia e ciências médicas. “O programa [Brasil sem Fronteiras] busca assegurar que nossos jovens tenham acesso, através de bolsa tipo sanduíche, para que estudem parte [do curso] nas nossas universidades e outra parte lá fora”, afirmou Dilma.
Também está previsto no programa aulas de professores estrangeiros nas universidades federais.
Ao fim do evento, Dilma ganhou do prefeito do município alagoano, Luciano Barbosa (PMDB), uma camisa número 13 –o mesmo do PT– do time de futebol Asa de Arapiraca, que disputa a Série B do campeonato nacional.