Reunidos em duas oportunidades, sindicato e prefeitura se debruçaram sobre a folha de pagamento dos servidores, a tabela do Plano de Cargos e os cálculos para chegarem a um acordo.

A preocupação da prefeitura era o impacto orçamentário, mas prevaleceu o bom senso.

Diferente de servidores de outras cidades do grande Recife, ainda na batalha pela abertura do diálogo com a gestão municipal, ou outras que tiveram um reajuste bem aquém do requerido, os servidores de Abreu e Lima comemoram o descongelamento salarial que sofriam há dois anos.

As reuniões contaram com a presença da diretoria do SISMAL, representantes da base e o prefeito Flávio Gadelha.

O saldo foi a conquista da unificação dos níveis fundamentais e um reajuste de 20% no salário base dos servidores de nível técnico, médio e fundamental, este último agora com um salário base de R$ 654,00 .

O nível superior teve um ganho de 4% e os professores a garantia da implantação do Piso Nacional do Magistério estipulado pelo MEC, R$ 891,00 para 150 horas e R$ 1.188,00 para 200 horas.

Na Região Metropolitana, o reajuste contrasta com a realidade de outras cidades como Cabo de Santo Agostinho, que concedeu 7,3% para os servidores, sem diálogo com o sindicato.

Camaragibe reajustou o salário dos servidores em 6,8% e também não dialoga com o sindicato.

Em Paulista, os servidores paralisaram as atividades e ameaçaram entrar em greve, para o governo conceder 7%.

No Recife, os servidores paralisaram as atividades e ameaçaram chegar à greve por um reajuste maior.