Foto: João Carlos Mazzela Em visita a Pernambuco para anunciar recursos para recuperação de rodovias danificadas pelas chuvas, o ministro do Transportes, Paulo Sérgio Passos, assegurou que continuará fazendo mudanças que considerar necessárias na pasta.
Até esta quarta-feira (20), 16 servidores foram exonerados do Ministério e da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S/A.
Claramente contrariado por responder questões que não diziam respeito aos R$ 395 milhões anunciados para obras de recuperação e requalificação de rodovias pernambucanas, Passos disse que acha “necessários” alguns ajustes na pasta. “Assumi o Ministério dos Transportes e, ao fazê-lo, entendo que são necessários alguns ajustes e esses ajustes começaram a ser feitos”, afirmou.
O ministro garantiu que a presidente Dilma Rousseff (PT) está ciente de todas as medidas que está tomando. “Tenho sempre mantido a senhora presidente da República inteiramente a par das minhas decisões e, naturalmente, na medida em que haja necessidade, para compatibilizar o ajustamento da máquina com aquilo que seja necessário, com aquilo que eu entenda que deva ser indispensável, fundamental para o bom desempenho das atividades do Ministério, eu farei”. » LEIA MAIS: Ministro dos Transportes se diz tranquilo com pedido de convocação » LEIA MAIS: BR-101 e PE-60 serão revitalizadas Mesmo assim, ele afirmou que tem autonomia suficiente para trabalhar. “Todos os ministros de Estado devem, tem por obrigação, se reportar à presidente da República, de prestar contas dos seus atos.
O meu caso não é diferente.
Eu tenho autonomia e a confiança da presidente e, enquanto tiver essa autonomia e confiança, vou trabalhar, vou tomar decisões que entendo que deva adotar.
Quando (for) necessário submeter qualquer tipo de assunto à sua (da presidente) consideração, eu o farei”, afirmou.
CONVOCAÇÃO - Passos se disse tranquilo quando questionado sobre o pedido feito ontem pelo PSDB para que ele seja convocado pela Comissão Representativa do Congresso Nacional para explicar o aumento de aditivos em contratos e de repasses para do Departamento de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no período de 1º de julho a 31 de dezembro de 2010, quando esteve a frente da pasta. “Com muita honra fui ministro do governo do presidente Lula por duas oportunidades.
Nas duas oportunidades em que servi, pude fazer o melhor, dar o melhor de mim.
Não tenho absolutamente nenhum tipo de preocupação em relação tanto à minha conduta, quanto aos atos praticados por mim quando ministro nas duas oportunidades”, destacou.
Quando questionado sobre o futuro do diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, que saiu de férias logo depois que a revista Veja publicou denúncias de corrupção envolvendo o órgão, Paulo Sérgio Passos apenas acenou com a mão e saiu da sala onde acontecia a entrevista coletiva.