Na Agência Estado O governo da presidente Dilma Rousseff precisa de uma marca social forte para usar como escudo nas crises políticas.
A avaliação foi feita na última terça-feira (12) por senadores que participaram de um jantar na casa de Marta Suplicy (SP).
Estiveram presentes as ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
Os petistas também cobraram mais proximidade da presidente, sobretudo após a carta elogiosa que ela enviou ao tucano Fernando Henrique Cardoso por seu aniversário de 80 anos.
Os colegas de partido esperam de Dilma, além disso, uma agenda “mais popular” e querem participar mais das viagens feitas pela presidente.
Nas conversas, parlamentares observaram que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fazia o marketing de seu governo sozinho e enfrentava as crises “no gogó”.
Dilma, no entanto, conforme o diagnóstico de seus companheiros, precisa melhorar a comunicação para falar das ações de seu governo.
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) lembrou que “o lançamento do Brasil sem Miséria, por exemplo, foi ofuscado pela crise que envolveu o então ministro da Casa Civil, Antonio Palocci”.
Wellington Dias (PT-PI), também senador, afirmou que embora seja “excelente”, o programa, cujo objetivo é tirar 16,2 milhões de brasileiros da miséria, “ficou apagado e necessita [de] mais divulgação”.
Prometido na campanha eleitoral, o Brasil sem Miséria foi anunciado por Dilma às vésperas da queda de Palocci, no mês passado.
Sua divulgação nem de longe se compara à do Bolsa Família, uma das principais vitrines do governo Lula.
Delcídio sugeriu, ainda, que a presidente apareça como a “comandante” das obras da Copa do Mundo de 2014. - Uma das bandeiras desse governo tem de ser a Copa.
São obras em aeroportos, estádios, e isso tem um simbolismo grande.