Brasil terá o menor crescimento na América Latina from Alvaro Dias on Vimeo.
O relatório divulgado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) nesta quinta-feira (14/07), que coloca o Brasil mais uma vez como o “lanterninha” em matéria de crescimento econômico entre os seus vizinhos nas Américas, foi destacado pelo Líder do PSDB, Alvaro Dias, no Plenário do Senado.
Segundo o relatório da Cepal, o Brasil será, juntamente com a Guiana, o país que registrará o menor crescimento da América do Sul em 2011, com expansão de apenas 4%.
Para 2012, estima-se que o Brasil repetirá o crescimento de 4%.
Segundo Alvaro Dias, os números desmentem o discurso ufanista de ministros e membros do governo, que proclamam o chamado “espetáculo do crescimento” como conquista da administração petista. “Sempre que se debate o crescimento econômico do país, o governo demonstra todo o seu entusiasmo, na maior parte das vezes de forma ufanística, querendo proclamar as conquistas gloriosas da gestão petista.
Quando os números são apresentados, jamais se vê esse tão propalado espetáculo do crescimento.
Muitas vezes subi à tribuna do Senado para afirmar que o governo brasileiro desperdiçava oportunidades do bom momento da economia mundial, e que só crescíamos nas Américas mais do que o Haiti.
Os novos números da Cepal mostram que nem mais do que o Haiti o país cresce.
Enquanto patinamos em taxas de 4%, o Haiti está crescendo em índices de 8%.
O discurso ufanista não se justifica”, afirmou o senador Alvaro Dias.
O Líder do PSDB apresentou em Plenário também o alerta feito pela Cepal sobre a necessidade de os países da região se empenharem em conter a inflação, principalmente diante da entrada maciça de capital especulativo.
Em seu documento, os analistas da Cepal analisam as vulnerabilidades da economia brasileira, por conta do contrassenso entre a imposição de restrições à entrada de capitais e a política de elevação da taxa de juros.
Outro aspecto negativo apontado pela Cepal é o atual câmbio valorizado, e alertas são feitos sobre a necessidade de a política fiscal ser direcionada para o aumento da poupança do setor público. “O documento da Cepal reforça o que vários analistas econômicos recomendam: que diante de um cenário internacional nebuloso e marcado por muita instabilidade nos mercados financeiros, um governo prudente deveria cuidar de reduzir a vulnerabilidade da economia nacional.
Para isso, algumas medidas deveriam ser adotadas, como um planejamento rigoroso dos gastos, com foco na moderação e eficiência, além do ataque rigoroso aos focos de inflação.
Os analistas convergem num ponto: a nossa economia tornou-se perigosamente aquecida, e as pressões inflacionárias aumentaram. É preocupante o fato de os gastos governamentais no Brasil continuarem crescendo praticamente sem controle, em grande medida alimentados por uma receita tributária em contínua expansão.
Por isso, recomendamos cautela no ufanismo sempre presente nos discursos oficiais sobre o nosso crescimento”, alertou o Líder Alvaro Dias.