Por Helder Lopes Durante toda a tarde desta quarta-feira (13), policiais, peritos, soldados da Aeronáutica e curiosos se revezaram no entorno das ferragens do avião da Noar que caiu no Recife.
O bimotor partiu do aeroporto internacional dos Guararapes e seguia para o Rio Grande do Norte, porém, alguns minutos após a decolagem e por motivos ainda desconhecidos, a aeronave caiu num terreno à beira mar, no bairro de Boa Viagem, o que matou os 14 passageiros mais o piloto e o co-piloto.
As duas caixas pretas do avião foram recuperadas sem dificuldades e em bom estado, e serão de fundamental importância para que se descubra as causas do acidente.
Numa das caixas, ficam armazenados os dados e informações sobre o vôo até o momento da queda, enquanto que a outra tem gravado o áudio da cabine dos pilotos.
Além das caixas pretas, a Aeronáutica fará perícia também nos motores e nas hélices da aeronave.
Essas e outras partes do avião que possam ser úteis para que se chegue ao motivo causador do acidente serão levadas ao Centro Tecnológico da Aeronáutica, em São José dos Campos.
As demais partes do avião seguem para a sede da companhia aérea.
O inquérito que investigará se o piloto teve ou não culpa, ou se o acidente é resultado de alguma falha humana, será comandado pelo delegado da seccional de Boa Viagem, Guilherme Mesquita. “Começaremos as investigações quanto à culpabilidade já amanhã.
O quanto antes!” afirmou o delegado.
Os corpos das vítimas já estão no Instituto Médico Legal (IML).
Para o reconhecimento dos corpos, objetos pessoais que as pessoas carregavam, serão identificados pelas famílias, já que com o impacto da queda e a explosão da aeronave, segundo os peritos, as vítimas estão irreconhecíveis.
Caso não seja possível identifica-los dessa maneira e for necessário coletar amostras de sangue para que sejam reconhecidos por exame de DNA, os corpos terão que ser encaminhados a outro Estado, uma vez que em Pernambuco ainda não se faz esse tipo de análise.
Para dar apoio às famílias das vítimas, equipes de psicólogos e assistentes sociais especialistas em atendimentos pós-trauma da prefeitura do Recife foram deslocados para o Hotel Atlantic Plaza, onde estão hospedados os familiares das vítimas.
O hotel fica também no bairro de Boa Viagem, a poucos metros do terreno onde caiu a aeronave.