A divulgação de um novo Atlas de Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana do Recife ainda não tem data para acontecer.

A prefeitura da capital pernambucana vai aguardar a consolidação dos dados levantados em 2010 pelo censo do IBGE, o que só deve acontecer no fim de 2012.

Os dados utilizados no material apresentado ontem são de 2000.

Mesmo assim, o prefeito João da Costa (PT) não considera a defasagem um problema. “O Atlas é uma metodologia, uma forma de identificar dados recortando por territórios.

O IBGE trabalha por região censitária.

No Atlas você pode ir rua a rua identificando indicadores que estão no censo.

Isso permite uma radiografia mais detalhada”, avaliou.

O material não considera, por exemplo, as transformações sofridas na última década por municípios como Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, onde está localizado o Complexo de Suape, e São Lourenço da Mata, onde está sendo erguida a Cidade na Copa.

Para Marilena Chaves, representante da Fundação João Pinheiro, que participou da elaboração do Atlas, o trabalho serve como referência. “Várias conclusões puderam ser reavaliadas e reprojetadas.

Não pensem que os dados estão velhos.

O estudo mostra como é difícil mudar estruturas.

Tal como na medicina, nas políticas públicas o mais importante é o diagnóstico”, ponderou.

Para o prefeito, como a tecnologia já está desenvolvida, será mais fácil fazer a atualização do sistema com os dados que o IBGE está consolidando. “Na medida que o censo de 2010 revele uma nova base de dados, vamos poder utilizar a mesma ferramenta.”