Na Agencia Estado RIO - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou hoje que desistiu de participar da proposta de fusão entre o grupo Pão de Açúcar e o Carrefour.

Em nota, o banco justifica o cancelamento pelo fato de a operação não cumprir o “atendimento às condições estabelecidas”. “Como reiterado em diversas oportunidades, o pressuposto da eventual participação da BNDESPar nesta operação era o entendimento entre todas as partes envolvidas”, diz a nota.

Oficial: BNDES sai da fusão Pão de Açúcar e Carrefour No Blog de Josias O BNDES retirou-se formalmente da negociação que levaria à fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour.

Em nota, o velho e bom bancão escorou a desistência na falta de acordo entre os sócios.

Mais cedo, numa reunião realizada em Paris, Abílio Diniz esmiuçou a proposta de fusão ao grupo Cassino, que a rejeitou.

Emparedada pela reação negativa suscitada pelo envolvimento do BNDES na batalha privada, Dilma Rousseff já havia levado o pé atrás.

Em reunião com Luciano Coutinho, Dilma determinara: prevalecendo o dissenso entre os sócios o, o BNDES deveria sair do negócio.

Pouco depois da divulgação da notícia sobre a desistência do BNDES, veio à luz uma nota da Gama/BTG Pactual, empresa criada para empinar a fusão.

No texto, informa-se que está suspensa a negociação da fusão.

Ficou claro que, sem o BNDES, a transação é inviável.

Louve-se a decisão de Dilma.

Fez por pressão o que o BNDES esquivava-se de fazer por precaução.

Evitou-se a injeção de verbas públicas numa briga privada.

Uma briga em que o contribuinte brasileiro entraria com a cara.

E com o bolso, naturalmente.

A meia-volta do BNDES chega num instante em que o Ministério Público Federal começa a farejar a carteira de empréstimos do banco.