Depois de lançar o Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife, em 2005, a Prefeitura do Recife (PCR) apresenta uma versão mais completa do estudo, abrangendo todos os 14 municípios que integram o Grande Recife.
O Atlas do Desenvolvimento Humano na Região Metropolitana do Recife permitiria que sejam identificadas as desigualdades sociais entre a população da região metropolitana da capital de Pernambuco.
O projeto será lançado nesta quarta-feira (13), às 9h30, no auditório Carlos Wilson Campos, no Tribunal de Contas do Estado. “O compromisso de enfrentar as desigualdades sociais, elevar os índices de desenvolvimento humano e promover processos participativos na gestão pública, coloca o desafio de criar instrumentos que permitam o conhecimento detalhado da realidade em que vivem as pessoas para a definição de políticas e programas específicos.
Nessa perspectiva, apostamos mais uma vez no projeto do Atlas de Desenvolvimento Humano”, afirma o prefeito do Recife, João da Costa.
O Atlas contém um banco de dados eletrônico, que inclui o índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) – que nada mais é do que o nível de sucesso atingido pela sociedade no acesso ao conhecimento (dimensão educação), direito a uma vida longa e saudável (dimensão longevidade) e direito a um padrão de vida digno (dimensão renda) - e os seus subíndices, além de cerca de 250 indicadores baseados nos censos demográficos do IBGE de 1991 a 2000 que são apresentados em planilhas por temas.
Os assuntos abordados são caracterização, demografia, educação, renda, trabalho, habitação, vulnerabilidade, desenvolvimento humano e população e são destacados por recortes territoriais político-administrativos e unidades de desenvolvimento humano (metropolitanas e municipais), além de mapas, imagens de satélite e perfis das diversas unidades espaciais.
O objetivo é que o projeto atenda a diversos segmentos sociais e profissionais, entre eles, gestores públicos, pesquisadores, estudantes, lideranças comunitárias e de movimentos sociais e técnicos dos governos municipal, estadual e federal. “O Atlas se constituirá numa valiosa ferramenta para estabelecer prioridades e delimitar, geograficamente, as ações sociais e os investimentos na Região Metropolitana”, diz João da Costa.
O prefeito ainda ressalta que o Atlas permitirá que a informação seja democratizada, fomentando a participação popular e permitindo aos cidadãos do Grande Recife elaborar suas próprias análises, influir na definição das políticas públicas e acompanhar os resultados.
Para a conclusão deste segundo Atlas, a Prefeitura do Recife firmou parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com o Ministério da Integração Nacional, através do projeto Desenvolvimento Humano no Recife e Região Metropolitana (BRA 01/032) e da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa de Pernambuco — Condepe/Fidem, através de convênio de cooperação técnica e financeira. “O objetivo era chegar ao final do projeto não apenas com o Atlas concluído, mas também com uma maior capacidade institucional dos parceiros para usá-lo e atuar como agentes multiplicadores, internalizando os diversos aspectos do desenvolvimento humano nas administrações municipais e metropolitana”, conta o gestor.
Desenvolvido sob coordenação da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Controle e Desenvolvimento Urbano e Obras, e do PNUD/Brasil, o projeto contou com a participação da Agência Condepe/Fidem, Fundação João Pinheiroi e Associação Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP/OS).
Teve apoio, ainda, do IBGE, do Observatório das Metrópoles e Prefeituras dos Municípios da RMR, entre outras instituições que se integraram no processo de elaboração do Atlas.
Já o evento de apresentação da ferramenta à sociedade metropolitana tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal.
Software do Atlas Assim como aconteceu com o Atlas do Desenvolvimento Humano do Recife foi desenvolvido um software para o Atlas Metropolitano, que organiza o acervo referente à Região Metropolitana do Recife permitindo ao usuário a navegação.
Com o programa, é possível produzir tabelas, gráficos, mapas, imagens aéreas e perfis das unidades espaciais da dimensão metropolitana (macrounidades e unidades metropolitanas de desenvolvimento humano) e da dimensão local (municípios e respectivas regiões administrativas, unidades de desenvolvimento humano e bairros/zonas rurais).
Os resultados podem ser impressos ou exportados para serem trabalhados em outros formatos, possibilitando sua utilização em outros programas (Word, Excel, PowerPoint, MapInfo, etc).
Tais ferramentas tem a vantagem de permitir análises comparativas imediatas bem como observação de possíveis discrepâncias.