Na Agência Senado O senador Humberto Costa (PT-PE) comemorou em Plenário, nesta terça-feira (12), o aniversario de 187 anos da Confederação do Equador.
A confederação foi um movimento revolucionário que eclodiu em Recife, em 2 de julho de 1824, contra as ameaças à independência política do Brasil - proclamada em 1822 por D.
Pedro I - e as tentativas de recolonização, feitas pelos partidos conservadores portugueses.
Humberto Costa lembrou que, a revolta da Confederação do Equador ocorreu fundamentalmente em razão da frustração dos anseios da população por uma constituição autônoma e liberal que consolidasse, definitivamente, a soberania nacional.
Tal fato ocorreu, assinalou, devido à decisão do imperador D.
Pedro I de dissolver a Assembléia Constituinte, nomeado uma comissão para redigir uma constituição autoritária e anti-liberal e ter outorgado tal Carta Magna antidemocrática em 25 de março de 1824.
Entre as medidas antidemocráticas daquela constituição, Humberto Costa citou o governo monárquico unitário e hereditário; o voto censitário (exclusivamente masculino e baseado na renda) e descoberto (não secreto); e as eleições indiretas para o Legislativo segundo faixas de renda que iam de cem mil até oitocentos mil reis; recusa ao secularismo adotando o catolicismo como religião oficial; e o estabelecimento dos quatro poderes, sendo o Poder Moderador privativo do imperador. - Imediatamente as Câmaras de Olinda e de Recife recusaram-se a aceitar tal Carta.
Elas viam o perigo à autonomia das províncias e rejeitavam a diminuição do poder dos conselhos provinciais.
Ademais, a província de Pernambuco não aceitou a substituição do presidente eleito Paes de Andrade por Francisco Paes Barreto, nomeado pelo imperador - relembrou Humberto Costa.
Na avaliação de Humberto Costa, a Confederação do Equador jamais foi um movimento separatista, mas sim um movimento de resistência à linha monarquista-absolutista adotada por D.
Pedro I.