Sem comentar diretamente as denúncias de corrupção no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), o diretor-geral afastado Luiz Pagot usou como estratégia de defesa mostrar que não tomava decisões sozinho.
Por duas vezes, Pagot citou que o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, fazia parte do comitê gestor do órgão e tinha poder de veto na tomada de decisões, assim como outros ministros da área econômica.
O diretor disse que nunca recebeu nenhum pedido do ministro Paulo Bernardo (Comunicações), que controlava o Planejamento na gestão do ex-presidente Lula. “A relação sempre foi de companheirismo e auxílio total em todas as reuniões.
Alfredo e Paulo Sérgio se alternaram no período que estou lá.
Passos é quarta vez que assume.
Eu só estou lá desde outubro de 2007.
Peguei varias vezes, ele [Passos] como ministro e também executivo”, disse após ser questionado pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), de acordo com a Folha de São Paulo.
Aos senadores, Pagot disse que o órgão é “extremamente fiscalizado, extremamente controlado” e que todas as obras foram aprovadas por unanimidade pela cúpula do órgão.