O dinheiro público está bancando mais de 60% das obras de estádios da Copa-2014 erguidos com as PPPs (parcerias público-privadas).
Em Salvador, os cofres públicos respondem por 80% do orçamento da reconstrução do estádio da Fonte Nova.Mesmo tendo optado pela PPP, os governos de Bahia, Ceará e Pernambuco receberam um financiamento total de R$ 1 bilhão do BNDES para erguer estádios que vão custar, juntas, R$ 1,76 bilhão.
Nos três casos, a verba pública ultrapassa 60% do orçamento dos estádios, de acordo com a Folha de São Paulo.
Os governos informam que o modelo de parceria (público-privada) foi aprovado pelo BNDES, que criou um financiamento específico para a Copa de 2014.
A procuradora Juliana Moraes,que acompanha as ações da Copa de 2014, diz que o modelo das PPPs foi distorcido porque os governos estão se endividando para financiar as obras.“Houve um desvirtuamento.
Ninguém pega emprestado para emprestar.
Só empresta o que tem”, afirma à Folha de São Paulo.