O Senado volta a discutir na próxima semana o caso que ficou conhecido como dossiê dos aloprados.

Com a votação de dois requerimentos, o petista Expedito Veloso será convidado para depor.

Ele acusou o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, de ser o “mentor” de um suposto dossiê, com falsas denúncias, elaborado para prejudicar o ex-governador de São Paulo José Serra quando ambos disputavam o cargo, nas eleições de 2006.

Reportagem da revista Veja atribuiu a Veloso a informação de que Mercadante seria um dos “arrecadadores” do R$ 1,7 milhão que seria usado para pagar o suposto dossiê.

O ministro, em depoimento no Senado, negou participação no episódio e responsabilizou militantes do PT que agem como se estivessem desempenhando uma “missão heroica”.

Os presidentes das CAE (Comissões de Assuntos Econômicos) e de CCJ (Constituição e Justiça), Delcídio Amaral (PT-MT) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), prometeram votar na terça-feira (12) os convites.

Os votos do PMDB, nesse caso, contam a favor da oposição, pois tanto o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), como o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), deixaram claro que nada farão nada em favor de Mercadante.

A reação decorre de ele ter recebido a ajuda dos senadores para não ser investigado pela Polícia Federal e, mais adiante, ter se omitido quando os senadores foram acusados de quebra de decoro.