Da Agência Brasil A Comissão de Meio Ambiente Fiscalização e Controle do Senado aprovou nesta terça-feira requerimento conjunto dos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT) convidando o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, para prestar esclarecimentos sobre denúncias de superfaturamento em obras e cobrança de propina.
Em outro pedido, foi aprovada também a ida ao Senado da cúpula do ministério afastada no final de semana pela presidente Dilma Rousseff.
O PSDB e o DEM protocolaram, mais cedo, uma representação na Procuradoria-Geral da República pedindo abertura de inquérito para investigar a cúpula do PR e os funcionários do Ministério dos Transportes sob suspeita.
A ação, assinada também pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), pede ainda que os responsáveis respondam a ações de improbidade administrativa.
Além do ministro, foram convidados a prestar esclarecimentos no Senado o ex-diretor-geral do Dnit, Luís Antônio Pagot, o ex-chefe de gabinete Mauro Barbosa da Silva, o ex-assessor do gabinete, Luís Tito Bonvini, e o ex-diretor-presidente da empresa pública de ferrovias Valec, José Francisco das Neves.
Mais cedo, o senador Blairo Maggi (PR-MT), do mesmo partido de alfredo Nascimento, também apresentou requerimento para o convite.
Segundo Maggi, o comparecimento do ministro no Senado na próxima semana foi previamente acordado.
Aos senadores, Alfredo Nascimento deverá defender que não houve qualquer superfaturamento nos contratos de obras do Dnit como foi apresentado pela revista Veja na edição desta semana.
Na reunião com parlamentares na segunda-feira, o ministro disse que houve um “aumento das obras que estavam programadas para serem feitas e com o passar do tempo, durante o período da eleição, foram colocadas novas obras e novos viadutos dentro da mesma obra”.
A reportagem da revista Veja revelou que há indícios de cobrança de propina de 4% a 5 % para o fechamento de contratos com consultorias e empreiteiras no Ministério dos Transportes.
De acordo com a revista, o dinheiro era encaminhado à cúpula do PR e repassado a parlamentares.
A CGU vai analisar as licitações , os contratos e a execução de obras sob suspeita no Ministério dos Transportes.
A presidente Dilma resolveu manter o ministro Alfredo Nascimento do cargo, desde que ele assumisse o compromisso de limpar os focos de corrupção na pasta.