Da Alepe A reportagem publicada pelo Jornal do Commercio, no último domingo (26), intitulada Noronha, o paraíso às avessas, repercutiu na Assembleia, nesta segunda (27).
O deputado Betinho Gomes, do PSDB, destacou as dificuldades enfrentadas pela população que mora no arquipélago.
De acordo com ele, os moradores reclamam dos serviços públicos de limpeza urbana, educação e saúde.
Betinho Gomes relatou as condições de moradia de famílias residentes em iglus feitos de zinco, que dão choque quando chove, ou que disputam quartinhos apertados no Carandiru, a favela de Noronha.
O lixo que se acumula em Noronha comprometendo a praia da Cacimba do Padre também foi citado pelo parlamentar.
Segundo ele, por erros sucessivos, a licitação para a realização do serviço de recolhimento foi adiada 15 vezes.
Gomes sugeriu uma audiência pública conjunta entre as Comissões de Meio Ambiente e de Cidadania para discutir a situação do arquipélago.
Líder da bancada do Governo, o deputado Waldemar Borges, do PSB, afirmou que Noronha tem problemas, mas não com a dimensão que foi dada na reportagem.
Na opinião de Borges, o jornal abordou de forma exagerada algumas dificuldades existentes no arquipélago.
Ele citou, inclusive, que o Índice de Desenvolvimento Humano de Noronha é o único do Nordeste situado entre os dez melhores do país.
Borges contestou a reportagem dizendo que um IDH é constituído pelas condições de vida da população, qualidade dos serviços públicos e geração de emprego e renda de um local.
O deputado disse, ainda, que o texto se refere a um laboratório educacional defasado, mas não cita outros três que estão sendo utilizados.
A matéria também não destaca que o Programa de Saúde da Família atinge 100% das famílias de Noronha.
Sobre o lixo, Waldemar Borges disse que na próxima semana a Justiça deverá determinar uma solução para a questão.
Em aparte, os deputados José Humberto Cavalcanti, do PTB, e Daniel Coelho, do PV, também comentaram o assunto.