Do JC Online Encarar o trânsito caótico do Recife é uma tarefa que poucos têm a paciência de enfrentar hoje em dia.
Veículos em demasia, ruas estreitas, falta de educação e pouco conhecimento das leis de trânsito tornam a capital pernambucana um verdadeiro pesadelo em termos de mobilidade.
Imagine então ter que fazer isso profissionalmente, sabendo que qualquer segundo pode representar a diferença entre a vida e a morte para algum cidadão em perigo.
Quem pensa que vida de motorista de ambulância é fácil está bastante enganado.
E mesmo assim, com todos os obstáculos, eles encaram as dificuldades, na tentativa de prestar o melhor serviço possível à população. “Dirigir bem é apenas um dos requisitos para ter sucesso nesta profissão”, assegura o condutor do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Cleidenílson Vieira, há 24 anos no volante.
Um dos grandes lamentos destes profissionais, no entanto, é a falta de colaboração da população no trânsito. “Ainda há muita gente mal educada.
Muitas vezes estamos com a sirene ligada, para atender um caso de emergência e nos deparamos com gente que não dá passagem”, conta Fernando Spinelli, também condutor do Samu e motorista de ambulância há pelo menos uma década.
O que muitos condutores não sabem é que quem não colabora com o trabalho dos socorristas pode ser multado. “A lei diz que as ambulâncias têm preferência nos momentos em que estão atendendo os casos de urgência e emergência.
Deixar de dar passagem é considerado infração gravíssima”, explicou o chefe de Implantação de Multas do Detran-PE, Marcos Rodrigues.